Para comemorar seu sétimo aniversário, a Ilustranet, estúdio online de ilustradores, lança o projeto Homenagem Ilustrada ao Cinema Nacional, no qual apresenta 19 filmes brasileiros, produzidos entre 1930 e 2010, ilustrados com técnicas e linguagens artísticas como mangá, cartum, hiperrealismo, caricatura, aquarela, acrílica, nanquim e lápis grafite. Entre os filmes homenageados, estão “Cidade de Deus”, “O palhaço”, “O cheiro do ralo”, “Dona Flor e seus dois maridos”, “Jeca Tatu” e “O pagador de promessas”.
“Como ilustradores, trabalhamos sempre em um limiar entre a área de comunicação e a área artística e não podemos perder o contato com o que acontece ao nosso redor, tanto socialmente quanto culturalmente. Pensando nisso, decidimos criar projetos em que fosse possível interagir com diferentes áreas. Este ano, foi a vez de prestarmos uma homenagem a uma forma de arte que todos na equipe têm um carinho especial e que vive um momento muito criativo: o cinema nacional”, afirma o designer e ilustrador Rubens Lima, que dirige o estúdio desde sua criação, em 2006.
Para ilustrar “Jeca Tatu”, filme de 1959 baseado na obra de Monteiro Lobato, foi escolhida uma abordagem estilizada em traço à nanquim. “O pagador de promessas”, de 1962, único filme brasileiro premiado com a Palma de Ouro no festival de Cannes, traz uma representação mais realista, em técnica mista de lápis grafite e nanquim. Em técnicas variadas, o realismo também está presente em ilustrações de filmes como “Alô Alô Carnaval”, de 1936, que marca a estreia de Carmem Miranda no cinema; “O Bandido da Luz Vermelha”, de 1968, filme de maior destaque do Cinema Marginal; e os premiados “Pixote”, de 1981; “Central do Brasil”, de 1998; e “Tropa de Elite”, de 2007. Estilos como cartum e caricatura são representados em filmes como “Carnaval no Fogo”, de 1949, comédia musical da era das Chanchadas.
“A ideia era tornar o projeto o mais abrangente possível e, para isso, escolhemos filmes que representam bem algumas fases e movimentos do cinema nacional. Temos representantes do Cinema novo, das Chanchadas, do Cinema Marginal, produções da Vera Cruz, de Mazzaropi e dos Trapalhões. Incluímos também filmes contemporâneos, que mostram a boa fase que passa nosso cinema atualmente”, explica Lima.
O projeto será transformado em um catálogo e poderá ser visto por meio de exposições itinerantes e do hotsite www.ilustranet.com.br/cinema. Na página, o público terá a chance de escolher, até 31 de outubro, mais um filme para ser ilustrado pela equipe. “Como ilustradores comerciais, trabalhamos o tempo todo focados nos objetivos de comunicação dos nossos clientes diretos – agências, estúdios de design e editoras – e, muitas vezes, nos afastamos do consumidor final. Desta vez, o público será nosso cliente”, ressalta.
A Ilustranet já criou projetos para empresas como Mapfre, Vale, Danone, Kraft Foods, Hyundai, Editora Ática, Editora Moderna, Ediouro e Fundação Roberto Marinho.