Após a pandemia, ainda resistente em alguns pontos mais carentes do nosso país, porém agora como exceção, faz-se um balanço do estrago econômico (dentre outros, sendo o principal as milhares de vidas perdidas para a Covid-19), com o Brasil sob o domínio de um governo executivo apenas mediano, para dizermos o melhor, surge a necessidade de um reerguimento do mercado nacional em praticamente todos os setores de atividades.
E é aqui, exatamente aqui, que se nota a contribuição da atividade publicitária em busca desse reerguimento. As empresas-anunciantes têm se valido do ferramental publicitário para a recuperação do terreno perdido durante a pandemia e ainda não totalmente recuperado, o que pode ainda levar muito tempo.
Nenhuma crítica a esse fato, mais que necessário e mesmo com o rigor então imposto pelas autoridades federais, estaduais e municipais, ainda assim tivemos, embora em pequena escala, a desobediência a medidas básicas tomadas pelos governos, a principal delas a aglomeração de pessoas em determinados lugares deste imenso país, desafiando o que era cientificamente necessário ser feito.
Em meio a certa confusão de atitudes – não apenas de pequenas frações da população, como acima dissemos, mas também e principalmente das autoridades federais, que não se entendiam em um primeiro momento sobre decisões e atitudes a serem tomadas – surge, por parte do empresariado atuante em nosso país, uma mudança para melhor em um ferramental que tem consagrado o Brasil aos olhos do mundo, numa área que nós, num passado não muito distante, apanhávamos nesse particular de países economicamente mais avançados e outros nem tanto.
Estamos nos referindo à comunicação publicitária, online e offline, cujas agências de propaganda e seus criativos, além da importante contribuição dos planejadores e orientadores da criação incessante de campanhas e peças isoladas para veiculação na mídia, com engajamento na filosofia de que a publicidade, quando criativa, tem o condão de vendendo produtos e serviços mudar atitudes de vida.
Essa atitude, tomada por praticamente todo o mercado publicitário brasileiro, fortaleceu a defesa do país contra os estragos da pandemia, que, sem o combate movido pela comunicação publicitária, poderia apresentar no balanço que hoje se faz, das perdas de vida e de empresas e empreendimentos, um dano geral maior do que ainda assistimos, porém já em fase de recuperação, embora ninguém sabendo ao certo quando voltaremos a ser o que caminhávamos para ser antes de instalada a pandemia.
Devemos dar graças às diversas áreas da medicina que atuam em nosso país, além de outras que muito contribuíram para salvar vidas e ajudar que o mal não fosse ainda maior, devendo-se nessa relação infinda de atividades benfeitoras no combate nacional à pandemia considerar a comunicação publicitária de anunciantes da iniciativa privada, porque nossos governos, além de demorarem para agir nesse sentido, ainda o fizeram não poucas vezes de forma errada, como grande contribuinte da vitória, ainda que parcial, do nosso país nessa guerra absurda e totalmente inesperada que se instalou entre nós.
Forçoso reconhecer que a pandemia atingiu praticamente todo o planeta, mas no Brasil parecia estar sempre muito distante do fim. Nosso destaque para anunciantes e agências que compreenderam a necessidade e urgência de se engajarem nessa luta contra o pior dos inimigos, que é aquele que não se vê, dificultando ainda mais o seu combate.
Em nossa opinião, essa verdadeira guerra instalada pela Covid-19 em todo o planeta, aqui no Brasil teve um fator-chave na diminuição das vítimas, além de todos os demais (com destaque para as vacinas): a qualidade e pertinência da comunicação publicitária encetada pelo nosso mercado do setor, aqui incluídos todos os segmentos que fazem parte do mesmo.
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Netnografia
Matéria de capa desta edição mostra como estudos etnográficos aplicados à internet desvendam os novos padrões de consumo guiados por fenômenos culturais e sociais. A estratégia deixa claro que os seres humanos atribuem significados a produtos e serviços às suas vidas. Ou seja, a cultura envelopa as decisões de compra dos consumidores. Hoje, empresas como a Reckitt Health & Nutrition Comercial vão a fundo nesses estudos.
A empresa iniciou neste ano um trabalho de segmentação por meio de tribos para algumas marcas. As pastilhas para dor de garganta Strepsils, por exemplo, terão mensagens customizadas a partir das necessidades destes grupos. Para 2022, o objetivo é atingir a totalidade das marcas com as campanhas de digital parametrizadas por esse modelo.
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Metaverso
Outro destaque desta semana é a reportagem sobre o tão falado metaverso, que alardeia a próxima fronteira do marketing. Mas o mundo habitado por avatares não é tão novo assim. Cunhado no livro Snow Crash em 1992, explodiu no cinema em 2009 com o blockbuster Avatar, que promete a continuação The Way of Water para dezembro do próximo ano. Em 1999, Matrix já trazia a obsessão do homem por universos paralelos. Tem ainda o tempo às avessas da série alemã Dark e o mundo invertido de Stranger Things, ambas da Netflix.
Profissionais de marketing ouvidos pela jornalista Janaina Langsdorff afirmam que, desta vez, o metaverso chegou para ficar e estamos vendo apenas o começo. Uma das teses é que a tecnologia ganhou impulso na pandemia da Covid-19, “quando avançamos em 18 meses o que deveríamos ter evoluído nos últimos 18 anos”.
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Cibersegurança
Relatório semestral do Índice de Risco Cibernético (CRI – Cyber Risk Index), da Trend Micro, realizado em parceria com o Ponemon Institute, aponta que 80% das organizações globais correm o risco de sofrer uma violação de dados nos próximos 12 meses.