As empresas que dirigem a comunicação à elite brasileira estão no caminho errado. Essa é a opinião do publicitário Renato Meirelles, sócio-diretor da agência Avenida Brasil. Ele apresentou hoje (28), no Meeting do Marketing da Federasul, em Porto Alegre, a palestra “Baixa Renda – Como conquistar o mercado que mais cresce no Brasil”. Segundo ele, 85% da população brasileira, pertencentes às classes C, D e E é que são o grande motor da economia e movimentaram R$ 550 bilhões só no ano passado.
Para Meirelles, fatos como a ascensão de 20 milhões de brasileiros à classe C, não têm volta. Os três pilares que proporcionaram a ida dos consumidores de baixa renda para a “Nova Classe Média”, o aumento da oferta de crédito, o crescimento do salário mínimo acima da inflação e os programas sociais do governo, como o Bolsa Família, serão mantidos pelos próximos governos, independente de orientações partidárias.
O publicitário alertou que o perfil de consumo e valores morais das classes D e E são completamente diferentes da elite brasileira. Isso muda totalmente o foco e a linguagem da comunicação. “Enquanto os ricos compram um produto pelo desejo de exclusividade, a ‘Geração C’ os compra por inclusão”, exemplificou. Meirelles explica que é preciso usar uma linguagem muito mais acessível e direta.
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