A grande maioria das agências conseguiu, neste período de pandemia, se adaptar e tocar a vida. É o que aponta a pesquisa VanPro, realizada pelos Sinapros e Fenapro (Federação Nacional das Agências de Publicidade), presidida por Daniel Queiroz.

Daniel Queiroz, presidente da Fenapro (Divulgação)

O estudo mostra certo otimismo, que Queiroz acredita ser uma característica dos profissionais do mercado. “É da natureza dos publicitários”. Mas ele não esconde o quanto foi dramático e difícil no início da pandemia. “Depois, fomos aprendendo a lidar com a situação, embora ainda estejamos distantes do nosso melhor”. Segundo ele, a atual percepção é que quase a metade das agências conseguiu se adaptar ou encontrar um caminho para alcançar a plena adequação à nova realidade do mercado. Esta é uma das conclusões da VanPro, um importante termômetro dos negócios e da gestão das agências de todo o país, divulgada semana passada.

Esta 3ª edição da VanPro fecha as sondagens realizadas em 2020 sobre o impacto da Covid-19 no setor, que contou com a participação de 320 empresas, de 22 estados mais o Distrito Federal. Das agências que participaram do estudo, 47% já se recuperaram ou estão em vias de ainda em 2021, sendo que 26% não tiveram redução de receita em 2020 e 21% foram impactadas, mas “avaliam com muito otimismo o cenário atual e preveem que se recuperarão antes do fim de 2021”.

Contudo, a VanPro também mostra que 41% das agências participantes ainda se encontram em um processo muito desafiador de reposicionamento, indicando que, embora as perspectivas sejam boas, a recuperação deve vir somente a partir de 2022.

Já 12% encontram-se em grandes dificuldades, analisando que as perspectivas são ruins, com projeção de recuperação no prazo de mais de um ano e até com a possibilidade de interrupção das atividades. “De maneira geral, a recuperação já começou e pode durar até o final de 2022″. afirma Queiroz.