Entre dezembro deste ano e janeiro de 2014, a Dogs Can Fly lança, na TV Brasil, sua nova série infantil, “Igarapé Mágico”, com foco no desenvolvimento sustentável. Inicialmente concebido como um desenho, que acabou originando aplicativo e game, só agora o projeto chega à televisão. “Esta é nossa maior produção atualmente. São 26 episódios que refletem nosso pensamento criativo, o de sempre considerar o desdobramento das ideias iniciais e visualizar o conceito como potencialmente global”, conta Ricardo Whately, diretor de cena e sócio da produtora.
A exemplo de outros trabalhos da empresa destinados ao público infantil, “Igarapé Mágico” contou, desde o início, com o apoio de uma equipe de profissionais que inclui não apenas representantes do mercado de cinema e comunicação, mas também historiadores, pedagogos e professores, entre outros. “As crianças estão cada vez mais desafiadoras, por isso é importante o contato direto com quem sempre atuou junto a elas. O que consideramos atualmente, quando iniciamos um projeto desse tipo, é como vamos classificá-lo: será um hit ou algo menos popular, mas de conteúdo diferenciado? Vai partir de que meio? Essencial, no entanto, é buscar personagens de vida longa, que funcionem em diferentes plataformas e reflitam os conceitos envolvidos de maneira direta”, diz Whately.
Essas características se refletem em projetos também para o público adulto. “As agências e marcas que nos procuram já entenderam a questão. O que vemos e desenvolvemos hoje é uma tendência que vem da própria necessidade do cliente de experimentar coisas novas. Temos buscado desconstruir o briefing original e entregar além do que foi pedido. É preciso desafiar o cliente, o veículo e os criativos para que pensem em formatos com mais duração e maior possibilidade de direcionamento.”
No momento, a Dogs Can Fly leva esse “modus operandi” a produções como “Grandes Pequeninos”, projeto que começou há dois anos e está na fase de captação de recursos; “Parques SP”, criação para o NatGeo que pretende levar ao telespectador questões como desmatamento, segurança e caça; e “Wikimetal”, programa musical gravado em estúdio. “Queremos aproveitar a proximidade do Rock in Rio para fazer esse projeto virar”, declara Whately. Além destas, a produtora assina parcerias com canais como Fox, VH1 e MTV, sobre assuntos que vão do universo das tatuagens à enogastronomia.
Branded content
Mensagem honesta. Essa é talvez a principal característica dos projetos customizados para atrair a atenção do espectador para determinada marca. “Agregar serviço, tornando-se relevante, é básico quando uma marca se aventura nesse ainda novo universo. É preciso lembrar que o consumidor está mais sensível do que anos atrás. Hoje, quem dá o ‘ok’ final é o público. Por isso, é necessário ser verdadeiro, sem joguinhos. Quando acessa os canais de comunicação de uma empresa ou marca, o consumidor está cedendo seu tempo pessoal, portanto, se o conteúdo não for pertinente, ele não volta”, declara Whately.
Segundo ele, o núcleo de branded content da Dogs Can Fly tem buscado uma nova realidade criativa, uma relação diferenciada com clientes e agências que desejam ir além das campanhas tradicionais de 15 ou 30 segundos. “Buscamos aproveitar o timing. Cada sugestão e criação devem estar de acordo com o momento do cliente e parceiro. Vale lembrar, também, que é necessário tomar alguns riscos, mas esse é um movimento natural do cenário contemporâneo”, finaliza.