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A DM9DDB recebeu, nesta segunda-feira (8), em São Paulo, a visita de dois criativos espanhóis: José Maria Pujol e Martha Blitz. Eles estiveram na agência para um bate papo com a equipe sobre como ser criativo, ter boas ideias e se diferenciar no mercado.
Pujol é um dos mais premiados diretores de criação da Espanha. Além de publicitário, é também empreendedor com destaques para a fundação Cathedral, em sociedade com o Grupo Interpublic, e The Farm, com o Grupo Omnicom. Martha é profissional de planejamento especializada em inovação.
Durante a palestra, eles ressaltaram a importância de fazer a diferença no mercado, pois o que muda são as pessoas por trás do processo criativo. A inovação, segundo a dupla, é obtida com três elementos: o inesperado, onde novas situações são criadas; os óculos ou a visão, que são determinados pelas referências de cada um; e o crescimento, visto que empresas criativas vão crescer três vezes mais do que as demais.
Sobre o processo criativo, Pujol expôs algumas estratégias que utiliza em suas agências para obter bons resultados. “Faça o invisível ser visível. Transite do inconsciente para o consciente. O medo nos faz ser menos criativos”, destaca.
Além disso, a dupla destacou alguns pontos que podem “travar” a criatividade. A obrigação por desenvolver um projeto “genial” é um fator decisivo para os resultados. Ambos citaram o exemplo do Google, em que os funcionários possuem 20% de seu tempo livre para fazerem o que desejam e, desses momentos, saem 80% das ideias mais criativas. O julgamento também é apontado por Martha como um bloqueio criativo.
Após pontuarem esses aspectos, eles ressaltaram o que significa criatividade. “Conexões inconscientes inesperadas. Não criamos nada, apenas estabelecemos conexões que ainda não haviam sido feitas”, explica Pujol. Por isso, segundo ele, a ideia se produz onde não estamos vendo e não sai de uma folha em branco. “O inconsciente produz 70 mil ideias por dia e precisamos encontra-las”.
A dupla motivou o grupo com gincanas interativas e reflexivas. Para finalizar, Martha propôs que todos se levantassem e dançassem livremente uma música. “Agora todos irão dançar com presença, abertura e flexibilidade. Fazendo esses “gestos”, conseguimos caminhar para o processo criativo em grupo, com todos da agência”, ensina.