Estudo realizado pela Nielsen com a Toluna mostrou que sete a cada dez brasileiros estão abertos a receber publicidade durante os jogos

A paixão brasileira por futebol leva a um fenômeno a cada quatro anos que é o engajamento com a Copa do Mundo da Fifa. Apenas 12% afirmam que não pretendem assistir à competição. Os dados são de uma pesquisa da Nielsen com a Toluna, em que se procurou compreender o impacto da Copa do Mundo na Black Friday.

"Fazer uma publicidade durante a Copa é uma oportunidade de falar com 88% da população de uma só vez", afirmou Sabrina Balhes, gerente de medição da Nielsen Brasil. Segundo o levantamento, o evento é 'mais inclusivo' do que os próprios pesquisadores acreditavam: 86% das pessoas LGBT+ e 88% das pessoas pretas declararam que vão acompanhar a edição do Catar.

A ocasião também pode representar uma bom momento para criar ações que conectem com o público. Sete em cada dez participantes se mostraram abertos a receber publicidade durante os jogos. Entre as principais iniciativas esperadas, promoções via cupons (75%), desconto via QR code (55%) e acesso a produtos antecipadamente (40%).

Os 2 mil entrevistados também têm um grau elevado de interação com QR codes. 81% já utilizaram o recurso para a realização de compras e 55% escaneiam quando aparecem em suas telas.

Aqueles que não se engajariam em ativações publicitárias, que representam 32% dos entrevistados, têm como justificativas principais o fato de não prestarem atenção em propaganda (56%), não acharem os anúncios atrativos (22%) e considerarem que a publicidade atrapalha a experiência (18%).  

Como canal para assistir aos jogos, os entrevistados têm a TV aberta (65%) como mídia central. Na sequência estão TV fechada (22%) e aplicativos de streaming (13%), que terão no Catar a primeira vivência com a transmissão de jogos da Copa.

Black Friday
A pesquisa foi realizada no modelo "onda única", o que não permite uma comparação do impacto direto da Copa do Mundo em um aumento nas vendas na Black Friday deste ano.

De qualquer forma,  retrata que 62% dos participantes têm o hábito de comprar na Black Friday, estando 58% na faixa etária compreendida entre 25 e 44 anos. As mulheres representam 53% entre os compradores.

Para este ano, os itens mais procurados estão nas categorias eletrodomésticos (59%), celular/tablet (57%), fashion (56%) e pessoal (38%).

As marcas mais associadas com a data são Americanas, Magalu e Samsung. "A Black Friday não é um evento de correria, mas sim um evento que tem muito planejamento, estratégia e, quando você trabalha esses valores ao longo do ano, você acaba ganhando reconhecimento", explica Balhes, ao analisar as empresas no top of mind à luz dos investimentos em mídia.