S.Exa., o presidente da República Jair Bolsonaro, demonstra acreditar no velho adágio, que lembra ser impossível se fazer uma omelete sem quebrar os ovos.
A questão que todavia se coloca é que já estamos adentrando no nono mês do seu mandato e até agora o navio chamado Brasil não parou de soçobrar. Esse balanço constante tem quebrado milhões de ovos, sem que as omeletes sejam produzidas.
Já está mais do que na hora de se tomar um rumo, para que o país pare de sofrer e reinicie a retomada do seu desenvolvimento.
Ficamos, sem dúvida, contentes com o anúncio feito pelo IBGE de que o PIB brasileiro cresceu 0,4% no primeiro semestre deste ano, já iniciado o novo governo.
Mas, o que estamos vendo no mercado publicitário, para o qual se volta e do qual trata esta publicação de 54 anos de existência, não confere com a alegria sentida no Planalto diante do anúncio do IBGE.
Ao ser eleito e empossado, o presidente Jair Bolsonaro sabia que o país ia mal e até por isso, acreditamos, foi eleito para o mais alto cargo do Executivo da República.
De lá para cá, passamos a viver uma era de incertezas, sem saber ao certo o que nos reservam os 40 meses restantes desse governo.
As promessas de campanha, aliadas a uma enorme repulsa que tomou conta de toda a nação em relação aos desmandos dos governos imediatamente anteriores, levaram Jair Bolsonaro à vitória, que não foi larga, mas serviu para ser empossado em Brasília.
Pois bem; de lá para cá, mesmo para os olhos dos seus eleitores, o que se tem visto é uma pessoa raivosa, não só procurando briga a todo momento, como a todo momento tentando localizar algum adversário, ou mesmo amigos próximos, para um bate-boca na maioria das vezes sem sentido, ou, quando muito, que deveria durar minutos e não horas e por vezes dias inteiros.
Voltando ao mercado publicitário, que novamente repetimos ser o objetivo editorial desta publicação, parece-nos ter sido um dos mais prejudicados pelas decisões de S.Exa., levando-nos a pensar que não aprecia o culto à publicidade que os países mais adiantados devotam.
Ao querer provavelmente replicar ao seu modo, aos seus muitos críticos existentes na mídia em geral, além da existência de algumas empresas do setor que desde há muito se declararam contra ele, S.Exa. adota medidas ostensivas para abater economicamente o setor, ou parte dele, como a que desobrigou os órgãos federais a veicular sua publicidade legal periódica nos impressos dos jornais, a maioria destes vivendo às turras para sobreviverem.
Como nos parece que S.Exa. possui um dos pendores raros nos seres humanos, que é o de gostar de críticas, mais recentemente (ainda na semana passada), determinou que as grandes empresas estatais não mais precisam divulgar seus balanços e anexos, além igualmente de toda a publicidade legal, em jornais de grande circulação, bastando que saiam na internet.
A medida poderá ser estendida a todas as empresas e empreendimentos particulares do país, restringindo dessa forma o alcance de dar publicidade aos seus atos, prática tradicional e obrigatória no mundo dos negócios.
Afinal, qual o plano de governo de Jair Bolsonaro? Fazemos questão de deixar claro aqui, o seu maior handicap: de 1º de janeiro até o fechamento desta edição, não se tem conhecimento, nem sequer alarme falso, de qualquer ato espúrio por ele praticado, abusando do poder que concentra.
Esse realmente é o grande mérito do atual presidente da República, que em nosso país deveria ser apenas obrigação, mas que, diante de tantos e sucessivos fatos escabrosos envolvendo ex-presidentes no exercício do poder, além de outras categorias de políticos no cumprimento dos seus mandatos, torna-se um fator altamente positivo na apreciação do seu desempenho.
Porém, apenas isso não basta, até porque deveria ser apenas obrigação de quem exerce um cargo público (e também privado, nos termos da lei), maximé um presidente da República.
Por necessidade, como todo brasileiro, além dos estrangeiros que aqui residem, fazemos votos para que S.Exa. se empenhe verdadeira e profundamente nas grandes incertezas brasileiras, tentando resolvê-las para o bem do país. E que jamais se esqueça de que foi eleito exatamente para fazer o que os seus antecessores mais recentes não fizeram: produzir um país mais justo para todos, diminuindo as desigualdades e devolvendo a cada um de nós a esperança de que o seu governo será como o roteiro ao contrário de muitos romances famosos: encrencas e desentendimentos no início, não ultrapassando porém a metade da história. Daí em diante, muita união, aprendizado, realizações, família satisfeita e admirada até pelos franceses e um futuro brilhante pela frente, graças aos alicerces que foram finalmente sedimentados, com base no reconhecimento de que os semelhantes necessitam exatamente se assemelhar nas suas virtudes, abandonando velhas diferenças que nada resolveram, a não ser criar mais cizânia entre todos.
Como costumavam dizer os cronistas sociais de antigamente, foi realizado em grande estilo o 10º Fórum de Marketing Empresarial promovido pelo Grupo Doria, em parceria com o PROPMARK, a Criatix, a Y&R e outros parceiros apoiadores, além de inúmeros colaboradores independentes, como o impagável Marcos Quintela e o ex-ministro Luiz Fernando Furlan.
O evento foi realizado no Sofitel Guarujá e a presente edição do PROPMARK traz cobertura completa sobre o mesmo, no qual destacamos o brilho da presença em grande número de diretores da CNN, além do seu presidente para o Brasil, Douglas Tavolaro, com o seu vice-presidente comercial Marcus Chisco apresentando ao grande público presente ao evento o desenho do projeto CNN Brasil, que em breve estará no ar.
Destaque especial para essa apresentação, que além de muitos apoios técnicos brilhou pela aula que Chisco deu a todos sobre o projeto.
Não poderíamos encerrar este tópico sobre o 10º Fórum, sem falar na grandiosa figura de Celia Pompeia, hoje ocupando a vice-presidência executiva do Grupo Doria, com uma desenvoltura admirável em todos os setores do evento.
Imperdível nesta edição do PROPMARK, dentre outras, a matéria de capa com agências e Ministério Público do Trabalho selando um pacto para a contratação de negros, participando do exemplar projeto as agências Artplan, BETC, DPZ&T, F/Nazca, FCB, JWT, Leo Burnett Tailor Made, Mutato, Ogilvy, Publicis, SunsetDDB, Talent Marcel, Tribal, WMcCann e Y&R.
Igualmente imperdíveis, a entrevista com Eduardo Simon, CEO da DPZ&T, na série De Frente com o Presidente; a matéria sobre a ida da conta da Skol para a GUT de Anselmo Ramos, além de outra sobre a nova unidade de negócios da Grey, a Grey Consulting.
Para encerrar, o assunto que vem dominando a mídia no país e no mundo: a polêmica sobre os incêndios na região amazônica, com depoimentos, entre outros, de Marcello Serpa e Washington Olivetto.