A Rappi e o iFood se posicionaram nesta sexta-feira (7) sobre o caso de um entregador do iFood que foi vítima de agressões verbais e de racismo por um consumidor em Valinhos (SP).

Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o cliente chamando o jovem de “semianalfabeto”, dizendo que tem inveja da vida que as pessoas que moram no condomínio, que ele não tem onde morar nem “nunca vai ter” esses bens. Ainda nas imagens gravadas por um vizinho, o consumidor diz que ele tem “inveja disso aqui”, apontando para a própria pele.

O vídeo foi compartilhado por milhares de pessoas entre anônimos e celebridades que se solidarizaram com o caso.

O caso aconteceu em 31 de julho e o rapaz chamado Matheus registrou um boletim de ocorrência. O assunto foi um dos mais comentados no Twitter nesta sexta-feira (7) e mobilizou aplicativos de entrega para identificar o rapaz e prestar solidariedade e apoio.

A mobilização das empresas repercutiu bem entre seguidores e internautas que acompanham o caso.

Ao PROPMARK, o iFood afirmou que condena qualquer forma de preconceito ou discriminação e por isso presta solidariedade e apoio ao entregador. “Baseados nos termos de uso do aplicativo, o iFood descadastrou o usuário agressor da plataforma. A empresa está em contato para oferecer ao entregador apoio jurídico e psicológico”, explicou.

A empresa explicou também que, em casos como este, o iFood recomenda registrar boletim de ocorrência e entrar em contato pelos canais oficiais de atendimento via aplicativo, enviando o BO. “Ao receber qualquer tipo de relato com teor como este, o IFood apura as ocorrências e, quando comprovada o descumprimento dos termos e condições de uso, desativa o cadastro dos envolvidos. A empresa está à disposição para colaborar com a investigação do caso e aguarda mais informações das autoridades responsáveis”, acrescenta a nota.

A Rappi também ressaltou que tem tolerância zero contra qualquer forma de racismo e discriminação, e um compromisso de combater esse tipo de violência. “Vamos banir o usuário da nossa plataforma por não concordarmos com a sua conduta e contatamos Matheus Pires, nos colocando à disposição para ajudar com o que for necessário”, disse a empresa.

Para coibir e combater tais práticas, o aplicativo tem um canal próprio de denúncia e recomenda que qualquer situação de assédio ou discriminação seja informada imediatamente. “Com base nisso, tomamos as ações adequadas a cada caso.”

Em nota, o Uber Eats ressaltou que considera inaceitável a discriminação sofrida pelo entregador parceiro Matheus. “O caso não ocorreu durante entrega com o aplicativo da Uber, mas a empresa também está à disposição para colaborar com as autoridades responsáveis para investigação do caso. Sabemos que o preconceito, infelizmente, ainda permeia a nossa sociedade e que cabe a todos nós combatê-lo.”, afirmou a empresa.

Ainda de acordo com a companhia, a Uber tem uma política de tolerância zero para qualquer forma de discriminação e este tipo de comportamento configura uma violação ao Código de Conduta da comunidade.