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Na última semana, o publico gamer conheceu os três vencedores do reality show Tilibra Kings and Queens, exibido pela ESPN, que formou o primeiro time misto de Clash Royale no Brasil. Como prêmio, Rafael, Giulia e Charles irão integrar a equipe de treinamentos da Pain Gaming, maior time de eSports da América Latina.

O projeto, idealizado e operacionalizado pela Talent Marcel, faz parte do desafio da marca em manter-se jovem e conectada com as novas gerações. “É um objetivo constante. A Tilibra é muito querida pelo público, mas precisa todos os anos conquistar novos públicos porque muitas pessoas deixam de utilizar cadernos quando se formam. Já fizemos diversas ações de comunicação com apps, youtubers, etc., e quando nos perguntamos qual seria o próximo passo, mergulhamos no universo dos games”, conta Marcello Droopy, diretor de criação e interatividade da agência.

O insight para a ação foi o fato de que, mesmo já sendo a maioria (58,5%) entre os brasileiros nos jogos eletrônicos, as mulheres são resistentes em participar de campeonatos por conta de machismo e assédio. Com isso, o objetivo era, segundo Droopy, não criar uma competição “mulheres X homens”, mas sim promover a inserção feminina nesse ambiente de forma natural.

Ao longo de três meses, o reality semanal testou os participantes em habilidades como liderança, estratégia e trabalho em equipe. “O machismo nos eSports é uma realidade muito forte e muito maior do que a gente imaginava. A gente não queria apenas entrar no universo dos games, mas sim fazer isso da maneira correta. Quando formatamos o projeto, a ideia era testar pessoas de maneira igualitária, independente do gênero. Tivemos uma preocupação inicial de que só homens ou só mulheres ganhassem, mas não interferimos nesse processo e o time misto foi formado”, celebra o diretor.

O game Clash Royale foi escolhido com base na “constância” dos jogadores e no fato de que pode ser jogado via mobile, e não apenas no PC. A finlandesa Supercell, dona do jogo, cedeu os direitos do game ao Tilibra Kings and Queens e acompanhou os desdobramentos do programa.

Apresentado ao público no ambiente digital, e apesar da expectativa inicial era que o projeto recebesse entre 100 e 200 inscrições, mas a equipe responsável avaliou mais de 1.200 candidatos. Antes mesmo do programa ir ao ar, o que aconteceu em dezembro de 2018, o tema já havia gerado impacto em 4 milhões de usuários únicos. “Foi muito positivo porque geramos um debate sobre o dia a dia das mulheres gamers. Teve muita conversa em redes sociais sem a intervenção da marca, muitos homens que também passaram a apoiar a causa, e jogadoras que se uniram nas redes sociais da Tilibra para montar um grupo no Facebook de debate ao tema, chamado ‘Elas no Controle’”, diz Droopy.

O diretor afirma ainda que o projeto alcançou até agora 39 milhões de impactos no digital e vem sendo considerado um sucesso pela agência e pelo cliente devido ao fato de ter unido performance digital, redes sociais, TV, ativação e PR em uma única ação. “A gente não cria campanhas para a marca há alguns anos, só trabalhamos com projetos integrados. Mesmo assim, estamos muito orgulhosos do Tilibra Kings and Queens porque todo o conteúdo foi feito aqui dentro. Houve, claro, produção da ESPN, mas os textos, postagens, idealização das provas, formato do reality e ativações integradas são da Talent, que trabalhou praticamente em esquema de war room durante todo o período”, revela.