O Salão do Automóvel 2020 foi adiado para 2021, ainda sem data definida. A decisão já sentida pelo mercado, após desistências de marcas e pressão de público e empresa, foi confirmada nesta sexta (6).

Em coletiva de imprensa, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), falou sobre o tema. O presidente Luiz Carlos Moraes disse que o evento precisa evoluir e refletir o momento de disrupção tecnológica que a indústria está vivendo. “Em conjunto com a Reed Exhibitions Alcantara Machado, tomamos a decisão de adiar a edição do Salão de 2020 para reduzir custos e termos tempo de avaliar novos formatos. A revisão do Salão não é um movimento local, está acontecendo em todos os países do mundo e pelos mesmos motivos”, afirma.

Cláudio Della Nina, presidente da Reed, comenta a decisão. “A Reed possui o grande desafio de propor um novo Salão do Automóvel alinhado com as expectativas do público visitante e com a nova realidade das montadoras. Estamos focados na solução deste desafio e comprometidos com a entrega da melhor edição do Salão do Automóvel em 2021.”

Ainda de acordo com Moraes, da Anfavea, “tudo está na mesa”, o formato, o local e condições. Uma das possibilidades, defendidas pela Anfavea, é ter “a visão de América Latina”, um Salão regional. “Seja qual for o novo formato, tem que encaixar todas as metas, atender nossos clientes e o fã do carro.”

Ao longo das últimas semanas, conforme detalhou PROPMARK, 14 empresas deixaram o evento: Kia Motors, BMW, Chevrolet, Citroën, Hyundai Motor Brasil, Jaguar Land Rover, Lexus, Lifan, Mini, Mitsubishi Motors, Peugeot, Suzuki e Toyota e Volvo. Audi, CAOA Chery, CAOA Hyundai, CAOA Subaru, Honda, Ferrari, Lamborghini, Maserati, Porsche e Rolls-Royce estudavam possibilidades. Somente Dodge, Fiat, Ford, Jeep, Nissan, Ram, Renault, Troller e Volkswagen haviam confirmado.

Independentemente das posições de cada empresa, em comum como foco para o futuro de qualquer evento do setor, elas destacaram a busca por experiências, inovações tecnológicas, interatividade, conectividade, eletrificação e sustentabilidade.