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Com o tema “Tecnologia, mídia e a nova era do talento”, o Brasil de Ideias, promovido pela revista Voto, reuniu como painelistas o presidente do Grupo RBS, Eduardo Sirotsky Melzer, e o economista, professor da Columbia University Marcos Troyjo.  Realizado mensalmente pela Revista VOTO, o evento,r ealizando na última quinta-feira (23), em Porto Alegre, conta com o patrocínio da Celulose Riograndense e Braskem, com o apoio do Sheraton Porto Alegre Hotel.

 Marcos Troyjo lembrou que, durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, falou-se muito que estamos vivendo a quarta revolução industrial, e o mantra no mundo dos negócios é de que todos somos empresas de tecnologia. Segundo o economista, essa nova revolução é sinônimo de revolução digital, de nova era dos talentos, e o diferencial competitivo das empresas será baseado nisso.

“Talento significa tendência, inclinação e propensão. Talento no mundo empresarial significa o corebusiness de uma empresa, é onde ela tem que se aprofundar. Do ponto de vista industrial, aquele tradicional, tínhamos o conflito se o profissional deveria ser um especialista ou um generalista. Isso está sendo alterado. A pessoa precisa ser alguém numa posição mais estratégica. São profissionais que fazem conexões com a tecnologia, com multifuncionalidades. No mundo corporativo, é preciso mudar o paradigma. É em time que está ganhando que se mexe. A minha impressão é que vivemos uma nova era de inovação, a era do talentismo que passa a ser mais importantedo que o capital. As noções tradicionais de talento, simplesmente, implodiram”, afirmou o professor da Columbia University.

O presidente do Grupo RBS destacou que a sociedade atravessa um momento de alta complexidade, sem nenhum precedente. Para Melzer, a revolução que se desenha não é tecnológica apenas, mas sim social. “É mudança no comportamento, nas expectativas dos seres humanos. São outras formas de viver em família, nas empresas, em sociedade. Mas, sem dúvida, o grande impulsionador  da revolução é a tecnologia”. Eduardo Sirotsky Melzer ressaltou que fica cada vez mais evidente que o foco da atenção precisa ser nas pessoas, pois a resposta às empresas virá delas .  “E os profissionais precisam ter seus talentos reconhecidos. Nós sempre procuramos entender nossos negócios a partir do olhar do público. Afinal, as empresas de comunicação estão no centro desta transformação. E não é porque existe o Google e Facebook que uma empresa vai ser mais ou menos bem-sucedida”. O executivo lembrou que o olhar do Grupo RBS está no seu público, em saber o que ele quer. “Enquanto nossos leitores tiverem interesse em ler jornal, por exemplo, em papel, teremos os produtos impressos. O que nos interessa entregar informações e produtos de qualidade no formato que público quiser”.

 Sobre o papel do líder, Melzer afirmou que “a vontade de construir e realizar são características essenciais nas lideranças de hoje, e tem, sim, que se mexer em time que está ganhando. O líder tem que ter a paz de espirito da convicção. E, em um período de inquietação e turbulência, como o que estamos vivendo é necessário ter um processo de aperfeiçoamento permanente. Ter que acreditar, ter paixão e se cercar de pessoas boas”, disse.