Espetáculo conta com 25 atores em cena

A marca Rock in Rio segue seu projeto de expansão e transforma-se em um grandioso musical, que estreia no Rio de Janeiro no dia 3 de janeiro e que seus idealizadores pretendem levar para outros lugares do Brasil e do mundo. O próximo passo deve ser um longa-metragem, sobre o qual Roberto Medina, fundador do Rock in Rio, Luiz Andre Calainho e Aniela Jordan, da Aventura Entretenimento, já conversavam durante a apresentação do musical, na Cidade das Artes, espaço da Prefeitura do Rio de Janeiro, que depois de 12 anos será finalmente aberto ao público no ano que vem.

O musical teve orçamento de R$ 12 milhões e foi viabilizado pelas leis Rouanet e do INSS e tem como patrocinador máster Correios, e como patrocinadores Itaú, Redecard e Raízen (licenciada da marca Shell no Brasil). Entram ainda como apoiadores Souza Cruz e laboratório Sergio Franco/CDPI.

São 25 atores em cena, sendo que os mais conhecidos são Lucinha Lins e Guilherme Leme (que fazem os pais do protagonista da história, o jovem Alef, vivido por Hugo Bonemer, protagonista do musical Hair, na montagem de Charles Möeller, em 2010). O personagem de Leme foi inspirado em Roberto Medina.

A história trata, resumidamente, do poder transformador da música. A trama acompanha a trajetória de superação de Alef e de Sofia (Yasmin Gomlevsky). Enquanto a menina, filha do organizador do maior festival de rock do mundo, não suporta ouvir música, Alef – mudo depois de sofrer um trauma familiar –, só se expressa pela música.

A peça é embalada por 50 sucessos que marcaram diferentes edições do festival, de “Pro dia nascer feliz”, de Cazuza, a “Fear of the dark”, do Iron Maiden. Há mais sucessos brasileiros e algumas músicas têm versões feitas pelo autor do musical, Rodrigo Nogueira. A direção será de João Fonseca, premiado diretor que recentemente esteve à frente do musical Tim Maia.

 

Estreia
Para a estreia, a grande sala da Cidade das Artes será inaugurada em regime de “soft opening”, e a venda de ingressos será pelo site www.ingresso.com. O gigantesco espaço de artes da Prefeitura que gerou tanta polêmica ao longo dos últimos 10 anos será então gradativamente preparado para ser aberto oficialmente em março, sendo que os cinemas e restaurantes ainda dependem de licitação e devem estar funcionando apenas a partir de junho, segundo informou o presidente da Fundação Cidade das Artes e ex-secretário de Cultura, Emilio Kalil.

A Cidade tem 87.400 metros quadrados de área construída e fica no Trevo das Palmeiras, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. Sua escolha tem a ver, principalmente, com sua mega-estrutura para comportar um musical dessa magnitude e a localização próxima aos locais de realização dos festivais Rock in Rio.

“O musical está alinhado com meu pensamento, sempre pensei grande, desde que o festival nasceu. Na vida há vários lugares para se estar, e ainda que não se esteja no lugar de protagonista, o único lugar onde não se pode estar é na sala de espera”, disse Medina. 

Calainho afirma que o Brasil caminha para tornar-se uma grande potência cultural nos próximos cinco anos. “Já somos o terceiro maior produtor de musicais depois de Estados Unidos e Inglaterra. Chegou a hora de começar a exportar a nossa cultura. Nossa capacidade criativa é muito grande. É importante que cada vez mais empresas despertem para o investimento na cultura”, destacou o empresário. 

A Artplan está encarregada da campanha publicitária do musical, formada principalmente por anúncios impressos.