Independentemente dos adeptos de Lula da Silva – e são milhares pelo Brasil afora, replicando em outros países por ser forte a imagem do homem humilde, ex-operário que alcançou por duas vezes o posto mais alto da hierarquia pública do nosso país – é-nos forçoso reconhecer que a negativa da concessão de habeas corpus, pelo plenário da 4ª Instância da Justiça brasileira, colaborará de forma acentuada com o clima de retomada do desenvolvimento, que já vínhamos experimentando de uns poucos meses para cá.

Acreditamos que finalmente o Brasil reencontrou o seu destino, que se traduz em um país essencialmente democrático, de livre mercado e plena liberdade de opinião e informação.

Emblematicamente, até a indesejada A Voz do Brasil, herança da era Vargas, curvou-se na última semana, ainda que de forma restrita, aos anseios da maioria dos brasileiros.

Acaba de sofrer flexibilização no seu horário até então compulsório de transmissão. Podemos ouvi-la, os poucos que a isso se submetem, em três horários diferentes, embora ainda com a ressalva de o horário escolhido por cada emissora não poder sofrer cortes. Ou seja, se for ao ar a partir das 21 horas, seguirá sem interrupção até as 22 horas, mesmo que nesse espaço de tempo o presidente dos Estados Unidos seja deposto.

Ainda na última semana, com o horário antigo em vigor, sentimos a impropriedade dessa imposição oficial, durante o transcorrer do julgamento pelo STF do pedido de habeas corpus do ex-presidente Lula da Silva.

Quando a manifestação dos ministros já estava acalorada, com alguns deles ninguém entendendo como chegaram lá e outros entendendo menos ainda como continuam, quem estava ouvindo rádio nos automóveis, nos grandes centros do país e no horário de pico, teve a transmissão interrompida para assumir o palco a vetusta A Voz do Brasil.

De qual Brasil? Não o Brasil da maioria sujeita (ainda) aos efeitos da crise, às dificuldades do trânsito nas capitais e grandes cidades, mas a uma minoria oficial que usa o precioso meio radiofônico para transmitir uma versão etérea do Diário Oficial da União.

Embora com a flexibilidade ora aprovada, que proporciona a escolha do tempo de uma hora seguida entre as 19 e 22 horas, continuaremos a sofrer com essa aberração de governos autoritários.

Voltando ao cerne deste Editorial, é por demais importante reconhecer que a não concessão do HC a Lula da Silva, pela Suprema Corte, estimula o caminho do aquecimento da nossa economia, ainda um pouco debilitada (já esteve bem mais) pela crise política dos últimos dois, três anos, que acabou atingindo em cheio as atividades econômicas.

O que se deseja agora é que não se produzam mártires com essa decisão do STF, muito menos o próprio Lula da Silva, que vai cumprir pena de prisão resultante de um devido processo legal.

O Brasil merece e, mais que isso, precisa reencontrar o caminho do seu desenvolvimento. Somos 210 milhões de pessoas cuja grande maioria depende da devida temperatura da economia para sobreviver. Já demonstramos repetidas vezes que não há lugar aqui para ditadores, sejam de quais matizes forem. Por sua herança cultural, avalizada por um território fértil, o brasileiro é liberal e extremamente criativo.

Dispensamos até com ironia os pais da Pátria que de quando em vez se apresentam para conduzir nosso destino, ancorados em bandeiras mais que ultrapassadas mundo afora.

 

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A Prefeitura de São Paulo publicou na última sexta-feira (6) a Instrução Normativa sobre o recolhimento do ISS das agências e fornecedores de serviços. Houve dúvidas e tensão no mercado e muito trabalho para a Abap e o Sinapro, mas a tranquilidade está de volta. 

Em um primeiro momento, entendeu-se que a municipalidade estaria provocando um aumento indireto de alíquota, ao taxar as faturas do setor pelo valor bruto das mesmas, desconhecendo os anexos dos prestadores de serviços por elas contratados que já recolheram o ISS na fonte anteriormente.

O PROPMARK foi o primeiro órgão da imprensa a levantar o problema, chamando a atenção dos players do mercado e em especial das suas entidades classistas. A partir daí, sucederam-se várias reuniões e interpretações desencontradas de parte a parte.

Ouvido pela nossa reportagem, o secretário de Finanças do Município de São Paulo afirmou que não haverá bitributação: as agências que operam dentro dos limites paulistanos prosseguirão recolhendo os mesmos percentuais, calculados sobre os valores dos seus serviços prestados aos clientes-anunciantes, após a dedução nas faturas dos valores cobrados por terceiros e a elas anexados por lógica contábil.

 

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No início de maio, o PROPMARK promoverá na ESPM uma mesa redonda com importantes lideranças do mercado publicitário, para discutir questões relevantes da atualidade publicitária.

Foram convidados e confirmaram presença: Caio Barsotti (Cenp), Eduardo Simon (DPZ&T), Fernando Musa (Ogilvy), Flavio Waiteman (Tech&Soul), Dalton Pastore (ESPM), Joanna Monteiro (FCB), João Branco (ABA/McDonald’s), Luiz Sanches 

(AlmapBBDO), Marcia Esteves (Grey), Marcio Oliveira (DM9), Mario D’Andrea (Abap/Dentsu), Poliana Souza (P&G), Ricardo John (JWT) e Sergio Valente (TV Globo).

Dentre os temas, regulamentação do mercado, eleições, Copa do Mundo, concorrências, diversidade, mulheres, assédio, racismo, prêmios, apagão de talentos, mídia, crise na criação e outros.

Extensa matéria resultante dessa reunião de líderes será a chamada de capa da edição especial comemorativa dos 53 anos do PROPMARK, datada de 21/5/18.

 

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Nesta quinta-feira (12), no espaço reservado do Parigi (SP), um grupo de amigos da Editora Abril e sua história e importância na comunicação brasileira prestarão homenagem especial a Giancarlo Civita.

A iniciativa é de Roberto Duailibi, com a assistência de Neusa Rodrigues, da DPZ&T.

 

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Juan Maresca, presidente da agência MariaSãoPaulo, que detém a conta publicitária da aguardente 51, além de parte da American Express e de outros importantes anunciantes do mercado, promoveu na última semana um happy hour para troca de figurinhas repetidas da Copa do Mundo (edição Panini).

 

Segundo a editora, aproximadamente 100 milhões de pacotinhos das figurinhas já foram comercializados, constituindo-se em recorde das ações da mesma nesse tipo de segmento.

 

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Na última sexta (6), o jornal Extra (Infoglobo) comemorou 20 anos de circulação. No material promocional que antecedeu à mesma, distribuído ao mercado publicitário, o jornal homenageou o PROPMARK, “um dos parceiros dessa nossa trajetória de sucesso”.

 

Parabéns, Extra!

 

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Este Editorial é em homenagem a Washington Olivetto, que nesta segunda-feira (9) lança em São Paulo seu Livro Direto de Washington, destinado a ser um dos best-sellers do mercado publicitário brasileiro.

Armando Ferrentini é presidente da Editora Referência, que publica o PROPMARK e as revistas Marketing e Propaganda (aferrentini@editorareferencia.com.br).