“Mostra tua força, Brasil, e amarra o amor…”. Certamente você continuou a letra, mesmo que mentalmente. A canção, feita para a campanha do Itaú na Copa do Mundo – que acabou se transformando numa espécie de hino extraoficial do Mundial realizado no Brasil em 2014 – é de autoria da S de Samba. Ou melhor: de Jair Oliveira e Wilson Simoninha, que assinou, neste caso, a produção musical.

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Agora chegou a vez das Olimpíadas. E, assim como na Copa do Mundo, a S de Samba volta à cena de trilhas sonoras que tentam encantar o Brasil. A produtora musical foi responsável pela canção do Time Brasil, uma música que tem objetivo claro: incentivar os atletas que representarão o Brasil no Rio 2016 e cativar o público que vai assistir aos espetáculos esportivos.

A música do Time Brasil é cantada por atletas, a mascote Ginga e os padrinhos e madrinhas cantores da equipe brasileira, como Ivete Sangalo, Toni Garrido, Preta Gil, Gaby Amarantos, Ana Carolina e Thiaguinho. E detalhe: todos os artistas participaram de forma voluntária. A composição é de Jair Oliveira e a direção artística é de Simoninha. A canção foi encomendada pelo COB (Comitê Olímpico Brasileiro).

“Essa canção vai tocar nas arenas, antes dos jogos, e a nossa expectativa é que ela mexa com a alma do brasileiro, esperamos que ela contagie os torcedores”, afirma Wilson Simoninha, sócio e diretor artístico da S de Samba.

Simoninha, entretanto, pondera que não há uma fórmula mágica para que uma trilha sonora tenha sucesso. “É preciso que ela caia no gosto popular, mas, para isso, não existe uma fórmula mágica. A música é mágica”, garante.

A S de Samba assina outras produções musicais memoráveis, como Vem pra Rua e Festa na Rua, feitas pela Leo Burnett Tailor Made para a Fiat, além da Chame que Vem, da Taterka (hoje DPZ&T) para Natura. Sócio de Simoninha, Oliveira revela o segredo de uma sequência de trabalhos bem-sucedidos. “As pessoas do mercado enxergam a gente não apenas como produtora de publicidade e, sim, como uma produtora que tem pegada artística”, afirma. “Nós somos uma produtora que mistura esses conceitos todos”, complementa o músico.

Jingles

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Oliveira falou também sobre a diferença de compor jingles e músicas convencionais. “Na publicidade, diferentemente da criação artística, você não pode se apegar muito, porque você precisa fazer acontecer para o cliente, para a agência e, às vezes, até para as pessoas dentro da produtora”, afirma.

Especificamente no caso do hit do Itaú, Jair Oliveira comenta que o resultado final foi beneficiado, entre outras coisas, pela liberdade artística que deram à S de Samba. “Pelo briefing que peguei na Africa, achei que dava para fazer algo bem bonito. Acho que levei uns 15 minutos para escrevê-la inteira”, lembra.

Em relação aos jingles de antigamente e os que são feitos atualmente, Oliveira acredita que a principal diferença está no nome da marca no meio da canção. “Hoje tanto o cliente quanto as agências preferem que a marca e o produto não fiquem tão explícitos, o que difere e muito dos jingles que eram feitos antigamente”, afirma.