Na tarde de hoje, o CEO do Facebook começa sua primeira participação no total de duas audiências no Congresso Americano, em Washington (DC). O sócio e fundador da rede social foi intimado a testemunhar a respeito das vulnerabilidades da plataforma na proteção de dados de seus usuários em todo o mundo.
O executivo deve enfrentar uma linha bem dura de questionamentos nos próximos dias, sobretudo após a mais recente revelação de vazamento de dados. De acordo com o próprio Facebook, aproximadamente 87 milhões de pessoas tiveram suas informações compartilhadas inapropriadamente com a empresa de consultoria Cambridge Analytica.
A expectativa é que na próxima quarta-feira (11), Zuckerberg peça desculpas ao Congresso dos EUA e assuma os erros da rede social. Adiantando parte da audiência, o site oficial da Comissão de Energia e Comércio da Câmara no país publicou o depoimento que o presidente executivo do Facebook vai ler durante as sessões.
“Não fizemos o suficiente para prevenir que estas ferramentas que criamos fossem utilizadas para prejudicar os outros. Isto significa notícias falsas, interferência estrangeira em eleições e discurso de ódio. Não percebemos o alcance da nossa responsabilidade e isso foi um grande erro”, afirma o texto do fundador da plataforma.
Em seu depoimento, Zuckerberg vai também falar da interferência russa nas eleições americanas de 2016. “Fomos demasiados lentos em detectar e responder à interferência da Rússia e estamos trabalhando arduamente para melhorar”.
Ainda segundo o documento, o executivo afirma que o Facebook tem aplicado medidas para prevenir casos de abusos em eleições. Ele relembra, por exemplo, que em 2017 cerca de 30 mil contas foram banidas na França. Zuckerberg também garantiu que a plataforma vai passar em breve a autenticar todas as entidades que queiram fazer anúncios políticos. “Não vamos esperar por uma legislação para atuar”, afirmou.
Clique aqui para ler o depoimento de Mark Zuckerberg na integra.
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