Marcial Portela: AfroReggae vai trazer desenvolvimento para a cidade de São Paulo

 

O bem sucedido trabalho conjunto do Santander com a AfroReggae no Rio de Janeiro foi estendido para São Paulo. A ONG inaugurou nesta quinta-feira (11) sua sede na cidade, instalada no edifício Altino Arantes, no centro, de propriedade do banco. A sede paulista é a primeira do grupo cultural fora do território fluminense.

A parceria faz parte da estratégia de investimentos em inclusão social do Santander, cujo papel é viabilizar a parceria da ONG com empresas e outras entidades que contribuem com os projetos de cunho cultural, educativo, de entretenimento e lazer da periferia realizados pela AfroReggae. “Este é o primeiro evento de uma iniciativa nova, que ainda tem que ser desenhada nos detalhes, mas que já foi desenhada nas linhas principais, baseadas na conversão do edifício em um centro de análise e debate de iniciativas de transformação social”, declarou Marcial Portela, presidente do Santander. “Confio que esse primeiro passo com a AfroReggae trará um grande desenvolvimento para São Paulo nos próximos anos”, complementou.

Além do banco, a ONG chega a São Paulo com outros parceiros, como a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e o projeto Catraca Livre. O papel de cada um deles na atuação da entidade, porém, será específico, como explicou coordenador executivo e fundador da AfroReggae, José Junior. “O Santander é um parceiro institucional da AfroReggae que já nos apoia há quase sete anos. Eles cederam o espaço, reformaram e nos deram essa infraestrutura. É uma relação de irmandade, um parceiro estratégico. A Fiesp nunca foi um patrocinador, mas com o escritório aqui, vamos poder nos aproximar, ir até as comunidades na periferia para descobrir talentos e fazer com que eles sejam potencializados”, disse.

Um dos projetos do Rio de Janeiro que a ONG vai repetir em São Paulo é o da “Empregabilidade”, que recupera indivíduos envolvidos no crime organizado e os reinsere no mercado de trabalho. Júnior, porém, admitiu que, na capital paulista, a AfroReggae desempenhará um papel coadjuvante. “Aqui somos consultores. Vamos trabalhar para identificar grupos que tenham potencial e levar nossa tecnologia social. Seremos uma equipe técnica, de análise”, completou.

A Fiesp ajudará o grupo cultural com o processo de formação e inserção profissional. O presidente da federação, Paulo Skaf, afirmou que esse tipo de atuação é fundamental para a obtenção dos resultados esperados. Ele declarou também que os investimentos da entidade destinados à AfroReggae serão definidos com o tempo. “Como estamos no início do projeto, neste momento temos uma estrutura básica, necessária. Ao longo do ano, vamos sentindo as necessidades, até porque outros parceiros surgirão. Mas, sem dúvida todo, o recurso que se investe em pessoas é bem aplicado”, concluiu.

Assim como acontece com o Santander no Rio de Janeiro, a inserção e divulgação da AfroReggae em São Paulo será coordenada pela Prole. “A gente traz essa experiência para cá. O que queremos é ajudar a AfroReggae a fazer essas pontes e continuar essa história de projetos que façam a diferença. Nosso trabalho é menos comunicar a entidade e mais pensar como podemos desenvolver juntos projetos que façam a diferença”, explicou André Eppinghaus, sócio-fundador da agência. “Gostamos de dizer que nossa missão é contar histórias e a AfroReggae é um grande celeiro de casos de transformação. O que temos com eles é uma parceria de ideias, de criação, de planos de intervenção que fazem a diferença na vida real”, finalizou.