Francisco Condorelli, diretor do Ciclope Festival, e Joanna Monteiro VP de criação da FCB BrasilCom um olhar internacional voltado ao que vem sendo produzido na área de craft, o Ciclope Festival 2015 já tem data e local para acontecer: de 5 a 6 de novembro, em Berlim. Antes, porém, o festival viaja o mundo divulgando os vencedores de 2014 e São Paulo, pela primeira vez, entrou na lista de cidades a receber o evento. A edição paulistana foi realizada na noite desta quarta-feira, 8, na Cinemateca Brasileira e contou com a participação de Joanna Monteiro, VP de criação da FCB Brasil, Rita Moraes, produtora-executiva da Los Bragas, e Rodrigo Abdalla, gerente de marketing de conteúdo do YouTube, além do diretor do Ciclope, Francisco Condorelli.

Condorelli abriu o evento resgatando a história do festival, que teve início em Buenos Aires e seguiu para Berlim, onde vem sendo realizado há dois anos. “Nosso objetivo com o evento não é somente mostrar o que vem sendo feito em craft, mas também abrir espaço para as pessoas da área falarem e trocarem experiência, inclusive sobre as diferentes plataformas disponíveis e formas de utilizá-las”, disse.

Na sequência, foram apresentados os projetos vencedores do Ciclope Festival 2014, entre eles um brasileiro: o “Anúncio Protetor”, da FCB Brasil. Criado para o Nivea Sun Kids, o anúncio transformava uma página de revista em pulseira, que, quando sincronizada com o aplicativo, era capaz de monitorar a distância que as crianças estavam dos pais pelo celular.

O case da FCB também foi abordado por Joanna Monteiro durante sua apresentação no evento, que reuniu ainda outras criações bem-sucedidas na área. “Fui jurada da última edição do Ciclope e achei o festival incrível, por isso, queria trazer para cá mais que uma tese, mas abrir uma discussão. A gente sempre teve que contar histórias de marcas de forma relevante, o meio é que mudou. Antigamente, cerca de 20 anos atrás, a TV dominava e compartilhar significava mostrar para nossa mãe e viralizar era a mãe contar para o pai, vizinha e assim por diante. E a gente fazia isso em 30 segundos”, lembra. “Hoje, a gente segue contando histórias e segue tendo que fazer um conteúdo relevante para envolver o consumidor. Mas compartilhar agora significa postar para os amigos no Facebook, que postam de novo e assim vai. Tudo isso convida a gente a se reinventar, porque é cada vez mais difícil justificar esse investimento para atingir o consumidor não só na TV, mas também no celular, no tablete, no elevador. Tudo tem que ser bom e essa discussão joga luz sobre a importância da ideia e a relevância da execução”, explicou.

Para Joanna, as produções em craft se justificam e ganham espaço por serem uma forma de branded content. “Estamos falando em ter que chamar a atenção de um jeito muito mais interessante e em várias plataformas. Estamos sempre contando uma história, inclusive que estão em revistas, como é o caso do anúncio de Nívea, que mostra a história de uma ideia. E isso segue sendo branded content, que é o que a gente gosta de fazer e saber fazer”, disse.

As produções em vídeo foram ainda lembradas com a apresentação de Rita Moraes e Rodrigo Abdalla, que falaram sobre o case “Neymar Jr.: A Vida Fora dos Campos”, produzido pela Los Bragas e veiculado no YouTube.