Ao Brasil de tantos sapos internos, não faltava mais nada: um sapão externo que virou guru do presidente da República e acaba não só o influenciando, como provocando sucessivas crises no Executivo, reverberando por todo o país.
É extremamente incompreensível a influência de Olavo de Carvalho sobre a pessoa de Jair Bolsonaro, tornando-se um caso raro em nossa História, a provocar transtornos e semear desconfianças que atrapalham a vida nacional.
Após a disputa eleitoral fortíssima no ano que passou, cujo cardápio incluiu um atentado à vida do que viria a ser o novo presidente da República – com alguns filósofos acreditando que o fato muito contribuiu para a vitória de Bolsonaro nas urnas –, temos agora um governo extremamente influenciado por um cidadão que ama tanto o Brasil que resolveu viver no exterior.
É absolutamente inacreditável o que estamos assistindo, com a cizânia sendo espalhada entre os principais pontos de apoio da governança do chefe do Executivo.
Está mais do que na hora – antes que passe dessa hora – de o presidente da República desligar-se do referido guru, passando a agarrar-se na dura missão a que se propôs, ao se lançar candidato a presidente da República.
Para o cidadão comum – e até para os incomuns – fica muito difícil entender essa relação tão complicada entre Bolsonaro e o seu guru.
Ao observador mais atento, a impressão que fica é a de uma cega idolatria de um chefe de Estado por alguém que não mede as consequências das palavras que emite, atingindo reputações e causando um estremecimento entre os principais colaboradores do chefe do Executivo com o próprio.
Sempre que a História nos remete a situações ligeiramente semelhantes, descobre-se depois algum tipo de interesse nessa continuada maledicência.
No caso presente, nem sequer isso se vislumbra, o que não seria certo se ocorresse, mas minimamente compreensível. Resta-nos, pois, acreditar na hipótese de um emissor fanático e autodeslumbrado, abusando da importância de outrem que atingiu o mais alto posto da República.
Preferimos optar até mesmo pelo benefício da dúvida, quanto a eventuais outros interesses. A verdade, porém, é que essa cizânia está solapando o grupo de apoio direto do presidente da República e, pior que tudo, causando-nos um estrago terrível no que diz respeito ao país.
É fácil de entender, no quadro atual, que há uma profunda paralisia nas ações do governo, que perde seu principal timing em desbaratar fofocas, profundamente utilizadas pelos aproveitadores de plantão, deixando ao largo a tomada de decisões importantes e urgentes das quais o país tanto necessita.
O presidente Bolsonaro precisa compreender que todo esse imbróglio o está fazendo perder valiosos pontos de apoio, para bem desempenhar as suas importantes missões e funções, além de irritar e decepcionar profundamente e em tão pouco tempo milhares (milhões?) dos que o elegeram, na esperança de ver o país livre dos chamados vendilhões da pátria, que arrebentaram com boa parte das verbas destinadas a investimentos de valor para toda a população.
A desesperança, cedo demais para acontecer, é um sentimento terrível em se tratando de ser provocada por alguém ou um grupo de pessoas que convenceram milhões a nelas confiarem e, muito antes do que jamais se esperava, revelam-se incapazes de exercer as funções para as quais se candidataram, decepcionando cedo demais a maioria dos eleitores responsáveis pela sua vitória.
A verdade é que o país está com a sua economia paralisada por força dessa situação anômala e indefinida e nem dá para se dizer que precisamos ter paciência, pois logo haverá mudanças. O governo mal começou, se é que começou, e parece-nos que ainda não se deu conta disso.
O presidente Bolsonaro precisa urgentemente se conscientizar de que não foi eleito para ouvir gurus que vivem em outro mundo, mas para governar – e bem – o país. Acreditamos que os que nele votaram até tolerariam ele ouvir pessoas despreparadas, mas aqui dentro do país.
A oitiva de gurus que vivem distantes do nosso dia a dia, além de nada acrescentar de positivo, embaralha e confunde o raciocínio de quem assumiu a responsabilidade de conduzir os destinos de mais de 210 milhões de pessoas, além de nelas provocar esse terrível sentimento de desânimo e descrédito que começa a se espalhar pelos quatro cantos do país.
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Nesta edição, a relação dos vencedores do Colunistas Brasil 2018, mais tradicional e completa premiação do mercado publicitário brasileiro.
Desde há muito, o Colunistas deixou de ter em seus vários júris que cobrem todo o país apenas jornalistas especializados na área.
Tendo em vista o crescimento da sua importância, seus responsáveis têm convidado profissionais das diversas áreas de trabalho que compõem uma agência de propaganda, além de representantes de anunciantes e de entidades de classe, em busca de resultados cada vez melhores nos seus vereditos.
Essa preocupação dos organizadores do Colunistas, que é constante, produz inclusive a revelação de talentos, matéria-prima que prossegue indispensável na formatação de campanhas publicitárias, ou mesmo na criação de peças isoladas.
Por mais que mudem as ferramentas e os métodos, a publicidade sempre estará à procura de grande ideia para impressionar, fascinar e conquistar os verdadeiros reis do mercado que são os consumidores.
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Nesta terça (14), na ESPM Tech, em São Paulo, em comemoração aos 54 anos do PROPMARK, realizaremos um debate em três painéis, com a participação de importantes nomes do mercado, que abordarão os seguintes e sempre momentosos temas: 1. Mesmo com toda a transformação do mercado da comunicação, o que vale ainda é a boa ideia? 2. Como ser realmente uma marca criativa em um cenário desafiador com a audiência multitela? 3. Por que a criatividade continua sendo um dos ativos mais importantes para a comunicação?
A abertura do evento será deste editor, em parceria com Paschoal Fabra Neto, cuja agência criou a campanha dos 54 anos do PROPMARK.
A estrutura do debate e dos temas, além da seleção dos debatedores, é de responsabilidade da nossa editora-chefe, jornalista Kelly Dores.
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Imperdíveis nesta edição, as entrevistas com os jurados brasileiros no Cannes Lions 2019, além de uma especial com Philip Thomas, CEO do festival.
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Com a presente edição, encerramos a série de depoimentos de empresários, celebridades e profissionais do mercado sobre a importância do PROPMARK para o seu desenvolvimento.
A todos os que colaboraram, os nossos agradecimentos.
Armando Ferrentini é publisher e diretor-presidente do PROPMARK (aferrentini@editorareferencia.com.br).