Cerca de R$ 400 milhões foram investidos na expansão da unidade industrial da Schincariol em Alagoinhas, na Bahia. A planta da fábrica foi ampliada em 33 mil metros² e a área total construída aumentou para 110 mil metros², declarou a companhia na última quarta-feira (29), durante inauguração da nova área. O anúncio foi feito pelo ceo global da Kirin, Senji Miyake.

Com a ampliação da fábrica, a capacidade de produção foi dobrada. A unidade passa a produzir 900 milhões de litros de cerveja e 400 milhões de litros de refrigerante por ano. Desde o início do projeto, em 2010, foram gerados quatro mil empregos, entre diretos, indiretos e terceirizados. Fundada em 1997, a fábrica de Alagoinhas foi a primeira unidade produtiva da Schincariol fora do estado de São Paulo e, atualmente, é a maior fábrica de bebidas da companhia no Nordeste.

“Com os investimentos em Alagoinhas, contribuímos para o desenvolvimento do município e do estado como um todo. Nossa fábrica tem tecnologia de ponta e linhas modernas de alta produção, além de baixo consumo de energia e água. Temos plena capacidade de atender a demanda no estado, onde a Schincariol é muito forte e tem cada vez mais consumidores”, ressaltou Gino Di Domenico, ceo da Schincariol.

Segundo Di Domenico, a empresa dedicará os próximos três anos a estudar o consumidor brasileiro, a fim de que possam ser desenvolvidos novos produtos e tecnologias. “Atuaremos com várias frentes de trabalho, incluindo as equipes de marketing e tecnologia tanto da Schincariol quanto da Kirin. Além disso, montamos um conselho formado por executivos brasileiros e japoneses para definir futuros lançamentos, sempre respeitando as particularidades de cada região”, explicou. “Pode ser que seja lançada alguma marca da Kirin no Brasil, mas ainda não temos nada definido. Nossa maior preocupação no momento é entender o consumidor”, acrescentou Miyake.

Norte e Nordeste são as regiões onde a Schincariol tem maior participação no volume de vendas e detém quase um terço do mercado. Nacionalmente, a expectativa é que a receita líquida cresça 12% em 2012 e salte dos R$ 3 bilhões registrados no ano passado para R$ 3,5 bilhões neste ano. A previsão de lucro é de R$ 550 milhões, o que reverteria o prejuízo de R$ 78,1 milhões registrado em 2011. “Tivemos um primeiro semestre bastante positivo”, afirmou Di Domenico. No primeiro semestre de 2012, a companhia obteve 15% de participação no mercado de cervejas e 6% no de refrigerantes.

Fundada em 1939 e dona das cervejas Devassa, Nova Schin, Glacial, Baden Baden e Eisenbauhn, a Schincariol foi comprada em agosto de 2011 pela Kirin por R$ 3,95 bilhões. O grupo produz diversos tipos de bebidas alcoólicas e distribui vinhos, destilados e chás. Possui 13 unidades industriais em 11 estados, 11 centros de distribuição próprios, 194 revendas e 600 mil pontos de venda. Sua capacidade de produção é de 5,5 bilhões de litros por ano.

No Brasil, a Kirin também é dona da fabricante de saquês Tozan.