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De acordo com seu último balanço quadrimestral, a Procter & Gamble apresentou 7% de crescimento em vendas orgânicas, que excluem itens como aquisições e efeitos cambiais. Este é o melhor resultado do índice em 10 anos e, com ele, a empresa já bateu sua meta de aumentar as vendas orgânicas em 4% durante o ano fiscal.

Os resultados foram impulsionados pelo bom desempenho das marcas de beleza e health care da companhia, que vêm ganhando participação de mercado dos concorrentes em segmentos como o de higiene bucal e remédios para resfriados.

Os produtos de barbear da Gillette, no entanto, podem ser um ponto de atenção para a companhia – apesar de crescimento de vendas de 4%, o resultado não se mostra tão acelerado quanto o de outras linhas. Os principais motivos apontados pela empresa é que os homens diminuíram a frequência do barbear em mercados-chave, como os Estados Unidos, além da entrada de novas marcas neste mercado.

A empresa também repassou aumento de custos ao público final por meio do valor dos produtos. Embora essa movimentação tenha garantido três pontos percentuais o resultado das vendas orgânicas do período, nem todos os públicos estão dispostos a pagar mais. Segundo a P&G, o segmento de produtos de bebês teve diminuição de vendas por conta dos preços mais altos.

Com os resultados, as ações da companhia na Bolsa de Nova York subiram 4,3%. A previsão é que o crescimento continue no próximo ano em um ritmo um pouco menor: em 2020, a expectativa é que o crescimento em vendas orgânicas seja entre 3% e 4%.