Sérgio Valente, presidente da DM9DDB, publicou na página principal do site da agência um pedido pessoal de desculpas pela publicação do anúncio e do filme “Tsunami”, criados para o WWF Brasil.
As peças foram consideradas ofensivas pela impresa internacional e a polêmica ganhou os noticiários rapidamente. Elas fazem referência aos ataques terroristas de 11 de setembro. O anúncio foi muito criticado por trazer, além de uma imagem bastante “indelicada” (aviões sobrevoando Manhattan ainda com as famosas torres gêmeas), a seguinte frase: “O Tsunami matou cem vezes mais gente do que o 11 de setembro. A natureza tem uma força brutal. Respeite-a. Preserve-a.”
Para piorar, as peças foram inscritas em prêmios de publicidade internacionais: One Show e Cannes Lions. A agência diz que a peça foi aprovada. O cliente diz que não. O fato é que, depois de diversos comunicados publicados pela DM9, pelo WWF Brasil e também pelo WWF internacional, o episódio ainda não ficou bem resolvido e a imagem da agência está bem arranhada.
Leia a íntegra do texto assinado por Sérgio Valente.
Como presidente da DDB Brasil, peço pessoalmente desculpas pelo anúncio e pelo filme “Tsunami” criados para o WWF-Brasil. Esse trabalho foi desenvolvido por um grupo de jovens profissionais da agência, buscando enfatizar o poder da força da natureza. Reconhecemos que esses – anúncio e filme – jamais deveriam ter sido aprovados por alguém nesta agência, nunca deveriam ter sido propostos ao cliente, veiculados em qualquer lugar ou sido submetidos a prêmios.
Essas peças publicitárias, ainda que veiculadas uma única vez em veículos locais, acabaram por gerar consequências globais que mostram que o alcance de uma peça publicitária já não é mais apenas local. Em nome da DDB Brasil, reafirmo que esses anúncios não refletem a posição nem o pensamento da agência no que diz respeito ais acontecimento do 11 de setembro. Ao cliente e a todos que se sentiram direta ou indiretamente ofendidos por essa campanha, em meu nome e em nome da agência, peço as mais sinceras desculpas.
Leia também:
“Não tínhamos a intenção de ofender ninguém”, diz Rodolfo Sampaio