O setor de franchising registrou um crescimento de 8,3% em 2015, de acordo com a pesquisa divulgada pela Associação Brasileira de Franchising (ABF), atingindo R$ 139, 593 bilhões. O setor teve melhor performance nas regiões Nordeste e Centro-Oeste em relação aos tradicionais centros de negócios do país. A presença do franchising nos municípios brasileiros atingiu 40% em 2015, enquanto foi de 37% em 2014. De acordo com a pesquisa, o movimento do franchising para o interior do país se tornou mais intenso, chegando a cidades com menos de 50 mil habitantes.
O último trimestre do ano foi o único inferior às expectativas, de acordo com Cristina Franco, presidente da ABF, mas as redes conseguiram manter um bom ritmo durante os três primeiros trimestres do ano passado.
O número de unidades de franquia em operação no Brasil chegou a 138.343, uma expansão de 10,1% em relação a 2014. O movimento de abertura e fechamento de pontos de venda resultou em um saldo de 12.702 novas unidades franqueadas. Existem mais de 3 mil marcas em operação no país, o que representa uma alta de 4,5% no número de redes. Dessas, 95% são de origem nacional. Ao todo 131 novas marcas de diferentes segmentos iniciaram operações de franchising em 2015, entre elas Casa Bauducco, Cia. dos Livros, Di Pollini, Espaço Laser e Paris Jóias.
O estudo indica que 28 marcas iniciaram atividade fora do Brasil no ano passado, totalizando 134 redes brasileiras com operações no exterior. Alguns exemplos de marcas que abriram seus horizontes internacionais são Bibi, Melissa, Lilica & Tigor, Liz e Mundo Verde.
O mercado mais procurado continua a ser os Estados Unidos, com 37 marcas, seguido de Paraguai (25), Portugal (21), Argentina (16) e México (13). Os segmentos de Alimentação (18%), Esporte, Saúde, Beleza e Lazer (17%), Acessórios Pessoais e Calçados (15%), Educação e Treinamento (12%) e Negócios, Serviços e Outros Varejos (11%) são os mais internacionalizados.
“O recrudescimento da economia brasileira, a desvalorização do real e a recuperação de mercados como dos Estados Unidos intensificaram o movimento de internacionalização”, afirma Claudio Tieghi, diretor de inteligência de mercado.
De acordo com a pesquisa, Acessórios Pessoais e Calçados apresentou a maior variação de receita, crescendo 12,0% na comparação com 2014. O segmento foi beneficiado, entre outros fatores, pelo profissionalismo na entrega de produtos e serviços, variação cambial e ticket médio baseado no tripé qualidade, design e preço. Marcas como Óticas Carol, Óticas Diniz, Chilli Beans, Carmen Steffens e Havaianas são exemplos dessa expansão.
Registrando um crescimento de 10,2%, Negócios, Serviços e Outros Varejos ficou na segunda posição. Os destaques deste segmento são AM PM Mini Market, BR Mania, Correios, Dia% e Seguralta – Bolsa de Seguros.
Hotelaria e Turismo alcançou o terceiro lugar, com faturamento 9,0% maior. As marcas que representam o segmento são CVC Brasil, TAM Viagens, Accor Hospitality, Flytour Franchising e CI.
A receita do segmento Alimentação cresceu 8,9%, colocando-o em quarto lugar. As promoções e a frequente adequação do cardápio à nova realidade do consumidor garantiram esse crescimento. Entre as redes, destacam-se Subway, Cacau Show, McDonald’s, Bob’s e Nosso Bar.
O segmento de Serviços Automotivos ficou com a quinta posição, registrando um faturamento 8,8% maior no período, beneficiado pelo crescimento da demanda de serviços como mecânica e manutenção de veículos. As marcas representantes do segmento são Jet Oil, Lubrax Mais, Localiza Rent a Car, Multipark e Acquazero.
Projeções
A Associação projeta para o setor esse ano um crescimento de 6% a 8% em faturamento; de 8% a 10% em número de unidades e de 4% a 6% em número de marcas.