Algumas das principais entidades do setor de Turismo do Brasil (Abav Nacional, ABIH, Abracorp, AirTkt, Aviesp, Avirrp, BRAZTOA, CLIA Brasil, FBHA e Fohb) formalizaram uma carta, enviada ao ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antonio, contendo cinco medidas emergenciais visando garantir a sustentabilidade das empresas do setor de viagens e turismo, frente aos duros impactos do coronavírus.
Segundo eles, o setor do turismo faturou R$ 238,6 bilhões em 2019, considerando as atividades de hospedagem e similares, bares e restaurantes, transporte de passageiros, agências de viagens e cultura e lazer. O número de pessoas formalmente empregadas nas atividades turísticas totalizou 2.983.080 trabalhadores.
“É de conhecimento geral que a pandemia do Covid-19 vai impactar diversos setores da economia brasileira. O setor do turismo, contudo, já é um dos primeiros a sentir os impactos causados pelo fechamento de fronteiras e consequente cancelamento de viagens, encontrando-se totalmente paralisado. Dados apurados junto a nossos associados indicam, no mês de março de 2020, uma taxa de cancelamento de viagens de 85%. Considerando que no mês de março de 2019 o faturamento do setor foi de R$ 19,2 bilhões, os impactos imediatos já preocupam a sustentabilidade dos negócios, uma vez que não há previsões de novos faturamentos”, afirmaram as entidades em carta conjunta.
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As signatárias dizer prever um alto índice de falências entre as empresas relacionadas ao turismo. Assim, as cinco medidas emergenciais propostas são a disponibilização de linha de crédito especial na Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil para as empresas de turismo por seis meses, aprovação de decreto para postergar o pagamento de impostos relativos à folha de pagamento, também por seis meses, liberação do saque do FGTS para funcionários de empresas que exerçam atividade turística, parecer favorável do Ministério da Justiça em relação à remarcação de viagens contratadas pelo consumidor, frente ao cancelamento e devolução de valores, e, por fim, redução do IRRF a 0% nas remessas para pagamentos de serviços turísticos ao exterior.