A produtora americana SFX Entertainment adquiriu 50% do ativos e operações do Rock in Rio e passa a ser uma das controladoras da nova holding. A outra metade da empresa permanecerá com Roberto Medina, fundador do festival, e com a IMX, do empresário Eike Batista.
Na nova configuração, Medina permanece como gestor do Rock in Rio. Junto da IMX, terá igualdade de controle sobre a empresa ante a SFX, responsável por eventos como Tomorrowland, TomorrowWorld, Mysteryland e Sensation. O Rock in Rio foi criado em 1985 por Medina e, desde então, foram realizadas 13 edições do evento em cidades como Rio de Janeiro, Madri e Lisboa. Em 2015, será realizado o primeiro Rock in Rio nos Estados Unidos.
“Embora seja uma grande oportunidade para ajudar a fazer crescer a marca Rock in Rio, utilizando nossa rede internacional, é também uma oportunidade de aprender com a experiência operacional e comercial do Roberto Medina e do Rock in Rio, que são fenômenos globais. A música eletrônica tem se estabelecido entre os festivais de música moderna e esperamos que essa tendência cresça para divulgarmos ainda mais os DJs e produtores na nossa rede”, disse em comunicado Robert Sillerman, CEO da SFX, que tem o Grupo WPP como um dos acionistas.
Na mesma nota, Media afirmou estar animado com o futuro. “A parceria com a SFX nos permitirá acelerar o crescimento de nossa marca em novos territórios, além de possibilitar uma mudança de foco em uma era digital. Com a SFX, firmamos o compromisso no desenvolvimento de uma plataforma integrada de soluções de última geração e acreditamos que nossa velocidade de crescimento será expressiva. Nossos patrocinadores terão uma plataforma ainda melhor para a exibição de suas marcas nos Estados Unidos, assim como já acontece nos países onde o Rock in Rio é realizado”, comentou.
Divisão
Em maio de 2012, Eike Batista comprou 50% do Rock in Rio. Em setembro último, porém, Medina demonstrou interesse em comprar a parte de volta após outras empresas do parceiro enfrentarem problemas judiciais. O pedido foi declinado por Eike. O Rock in Rio não divulgou qual a porcentagem de participação de Medina e da IMX na metade brasileira da empresa, confirmando apenas que ambos seguem como sócios.