O sócio-diretor da Troiano Consultoria de Marca, Jaime Troiano, iniciou na tarde desta terça-feira (26) a segunda parte do ciclo de palestras promovido pela Associação Brasileira de Ancunciantes (ABA) no Fórum Internacional ABA Branding 2008. O evento será realizado até quarta-feira (27) no Centro Cultural Apesp, em São Paulo.
O executivo apresentou a pesquisa “As marcas nas agendas dos ceos”, realizada a partir de entrevistas com 50 ceos de empresas presentes na capital paulista, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre. Segundo os dados coletados, 85% dos executivos analisados concordam que marca é o ativo intangível mais valioso de uma empresa. “No entanto, percebemos uma retórica desta prioridade”, observou Troiano.
De acordo com a pesquisa, ainda que os ceos entrevistados considerem a marca como fator de maior valor para a companhia, 63% dos executivos afirmaram que nunca avaliaram o valor econômico da marca de sua empresa. “Apenas 2% afirmaram o uso da prática de avaliação”, disse Troiano.
Segundo o sócio-diretor, o imediatismo talvez seja um dos motivos para tal posicionamento. “Ainda assim, os ceos apresentaram a crença na importância da marca. Penso que, como acreditam, é muito possível que sejam colocados em prática fatores primordiais tais como investimentos e ferramentas de gestão”, afirmou.
Após Troiano, o evento contou com palestra de Albert Alcouloumbre, diretor de planejamento e projetos sociais da TV Globo, sobre o tema “Rede Globo: O desafio de construção de uma marca líder para o espectador e o anunciante”.
O executivo apresentou os “elementos permanentes” que dão à TV Globo solidez empresarial. “A grade da emissora, seu papel social de referência internacional; inovação, trilhas e vinhetas são os elementos históricos e permanentes que ajudam na valorização da marca Globo. Além disso, o espaço comercial da emissora permite ao anunciante estar sempre associado a conteúdos de qualidade”, observou Alcouloumbre.
Em seguida, Afonso Braga, gerente geral de marketing do Burger King Brasil, apresentou a palestra “Burger King: Desafiando o líder e abrindo espaço para a construção de marca”.
A respeito do fim da parceria com a MPM, Braga disse o processo teve de acontecer devido às mudanças do sistema de trabalho da rede. “Hoje temos 56 lojas no País e, em dois anos, queremos dobrar este número. Sendo assim, comunicamos a agência que precisávamos modificar o sistema de trabalho, mas a MPM afirmou que não éramos tão fortes no mercado para tal mudança. Então cada empresa teve de seguir o seu caminho”, afirmou Braga.
Segundo o executivo, o Burger King Brasil está ‘conversando’ com quatro grandes agências e em aproximadamente 10 dias a rede dará início ao processo de concorrência.
Juliana Welling
