Evento que ocorre nesta terça-feira (12) traz os painéis ‘Como os consumidores com deficiência percebem a sua marca?’; e ‘Inclusivo ou excludente?

A partir da experiência que teve com a prima Ana Luiza, que tem síndrome de Down, e o desejo de ter um trabalho dedicado à causa da acessibilidade, a publicitária Ana Clara Schneider criou, em 2016, a consultoria Sondery, especializada em acessibilidade criativa. A empresa já participou de campanhas com viés inclusivo para marcas como Lacta e Burger King, dando consultoria para a agência David, por exemplo. O primeiro case, ‘Sinais’, mostra a história de amor entre uma pessoa ouvinte e uma pessoa surda. E o segundo traz um personagem com deficiência visual e, pela primeira vez, a udiodescrição aberta num comercial brasileiro.

A executiva afirma que, apesar do crescimento da diversidade na propaganda, a deficiência ainda é o grupo mais tímido. “Ela é urgente, mas nunca é a prioridade na comunicação, inclusive no desenvolvimento de produtos e serviços. Ela é importante, mas na hora de implementar acaba ficando para o fim da lista”, reflete a fundadora e diretora-executiva da Sondery.

Com o objetivo de discutir questões como ‘A importância da representatividade e acessibilidade nas campanhas publicitárias’; ‘Como os consumidores com deficiência percebem a sua marca?’; e ‘Inclusivo ou excludente? Como melhorar as experiências de consumo do seu produto ou serviço’, a Sondery realiza nesta terça-feira (12), em parceria com a ESPM, o 1º Encontro de Publicidade e Acessibilidade (EPA), em São Paulo.

Ana Clara Schneider é fundadora e diretora-executiva da Sondery, consultoria de acessibilidade criativa (Foto: Divulgação)

O EPA contará com a presença de especialistas em painéis para debater questões relacionadas a marca, campanhas publicitárias e experiências de consumo das pessoas com deficiência, não apenas como público-alvo, mas também como forma de elas se sentirem incluídas e representadas na publicidade. “Vamos realizar o evento na semana do Dia do Consumidor (15) para aproveitar o gancho e exatamente questionar de qual consumidor estamos falando. Que consumidor está representado? Qual é o consumidor que acessa sua marca, seu evento, seu produto?”.

A grande barreira para as campanhas publicitárias serem mais inclusivas e acessíveis está na parte atitudinal, reforça a executiva. “Como consultoria, atendemos tanto as agências como as marcas. A ideia é que a Sondery seja o colchão de segurança para tirar todas as dúvidas. A gente avalia e faz recomendações para ver se a comunicação não está reforçando estereótipos, por exemplo. Para cada projeto, eu monto equipes de consultores, que são pessoas com deficiências distintas que façam sentido para aquele cliente e briefing.”

Leia a matéria completa na edição do propmark de 11 de março de 2024