O Publicis Groupe fechou 2013 com cerca de US$ 9,5 bilhões de faturamento, alta de 5,2% em relação ao ano anterior. Neste primeiro trimestre de 2014, a alta foi de 2,2% em relação ao mesmo período do ano anterior, chegando a um valor de US$ 1,6 bilhões – ainda diante das tratativas da fracassada fusão com o Omnicom.
Os números mostram que, mesmo com o revés diante da união com o grupo americano, os últimos balanços financeiros tem sido extremamente positivos para acionistas e executivos com cargos de alto comando. O maior deles, o CEO Maurice Lévy, também está longe de se queixar – recebe um salário anual de nada menos que € 4,5 milhões, além de bônus estimados em até € 16 milhões.
A discrepância entre valores recebidos e repassados para os funcionários “comuns” do Publicis, cerca de 62 mil em 108 países, está gerando uma mobilização focada na sede do grupo, em Paris. Apoiado pelo sindicato dos profissionais de comunicação da França, funcionários do grupo vão aproveitar o dia da reunião anual dos acionistas da holding, que acontece nesta quarta-feira (28), para protestar por melhores condições. O evento acontece na entrada do prédio da empresa, situada na Champs-Elysées, próxima ao Arco do Triunfo.
De acordo com os responsáveis pelo movimento, o protesto tem como objetivo “destacar o paradoxo (se não um escândalo) que milhares de nossos funcionários passam em suas profissões: uma injusta distribuição de riqueza”. Pedindo participações mais justas nos lucros do grupo, os manifestantes usarão máscaras de Lévy durante o evento. A divulgação acontece por meio de impressos e conteúdo na internet, com destaque para um vídeo que conta os planos dos funcionários (assista abaixo, em francês).
