Quando Marco Suplicy criou a marca de cafés especiais que leva seu sobrenome, há quase 15 anos, o segmento era praticamente inexistente no Brasil. Tomar a tradicional bebida estava mais restrito ao consumo em casa ou no máximo no balcão da padaria, mas o cenário estava prestes a mudar. Nos últimos anos, a exemplo do que ocorreu com os chocolates e cervejas, o café artesanal ganhou destaque e investimentos de novas marcas, aumentando a concorrência no mercado.
Para não perder espaço e relevância, a Suplicy Cafés está se reposicionando, trazendo novos sócios ao negócio. Entram para o time, ao lado do fundador, Laly Mansur, Felipe Braga e Bruna Caselato com objetivo de renovar a experiência de tomar um bom café. Para solidificar o conceito, a marca acaba de inaugurar sua flagship na Avenida Juscelino Kubitschek, em São Paulo, já com cardápio reformulado e novas apostas, como o nitro café, bebida extraída a frio que já é tendência na Europa e Estados Unidos.
“Estudamos o mercado, entendemos o movimento que é realizado no exterior e como explorar os cafés que são parecidos com o que trouxemos, com novidades tanto nos métodos quanto no ambiente e acompanhamentos”, explica Bruna Caselato, que assumiu também o cargo de diretora de marketing. “Desenhamos uma tese nova: a marca tem carinho, sempre imprimiu uma boa qualidade, é muito procurada para boas parcerias, como temos com a Latam Linhas Aéreas, mas estava tímida, precisava atualizar sua imagem”.
Com três lojas próprias e 14 franquias no Brasil e no exterior, a Suplicy Cafés pretende dar um grande salto no negócio. Até 2020 a expectativa é chegar a 50 franquias. “A gente ainda está engatinhando no mercado de café artesanal no Brasil. Nosso objetivo é mostrar para o consumidor que ele pode ter uma experiência nova, que ele aprenda a diferença entre as opções, processos de qualidade, origem, certificação. Que ele saiba sentir tudo isso na xícara. Um dos movimentos é o de educação da categoria. Mostrar o que é café especial e como ele pode estar na sua mesa, seja em casa, no caminho ou escritório”, diz Bruna.