O modelo de trabalho das agências tradicionais vem passando por questionamentos, reformulações e uma incessante busca de evolução nos últimos anos. Com o crescimento da importância das estratégias de marketing digital, o assunto ficou ainda mais complexo e, consequentemente, repleto de desafios no dia a dia de relacionamento com anunciantes e veículos de comunicação.
O modelo de trabalho das agências e a necessidade de reformulação dos processos e estrutura de equipes, principalmente na área de criação, foram tema de um dos painéis da programação do Interactive Festival do SXSW 2015 nesta segunda-feria (16), em Austin.
“Evolua ou morra : a revolução da agência tradicional” foi o título da apresentação feita por Sunni Thompson, diretora de conteúdo da JWT de Atlanta, Alister Adams, VP da área digital da Publicis de Toronto; John Keehler, diretor de estratégias digitais da agência The Richards Group; e Peter Fasano, da Social@Ogilvy.
Os quatro publicitários destacaram a importância de reforçar estratégias de integração para vencer os desafios que cercam o modelo de trabalho das agências. “Temos de ser cada vez mais capazes de impactar”, sintetizou Sunni. “O desafio não é apenas sermos eficientes para criar estratégias sociais, mas sim colaborar para que tudo seja mais social”, opinou Fasano.
Para Adams, um dos principais desafios para as agências é “garantir a integração de mídias com prazos menores e menos dinheiro”. Adams também ressaltou que nas estruturas de trabalho de hoje não há mais espaço para os modelos de duplas de criação. “O futuro das estruturas das agências é ter equipes cada vez menores”, completou Keehler.
Keehler também destacou que o modelo de trabalho das agências deve ser o de uma “coordenadora de serviços diversos” com equipes multidisciplinares, formadas por profissionais próprios e por especialistas do mercado. O objetivo deste modelo, segundo ele, é aperfeiçoar a integração.
“Se você quiser chegar rápido, vá sozinho. Mas, se você quer ir longe, vá com outras pessoas”, disse Keehler, citando referências a um provérbio africano, publicado no perfil de Steve Case, um dos fundadores do AOL e chairman da Case Foundation.