
Antes posicionada como o maior marketplace de vídeos com conteúdo mercadológico do mundo, a Teads agora quer ser vista como uma plataforma completa e global de mídia. Seus engenheiros e designers, por assim dizer, fazem novas edições de comerciais de marcas como Unilever, Procter & Gamble, Coty, General Motors, Fiat, Samsung, Nike, McDonald’s, Visa e Mastercard. O plano, segundo Fabricio Proti, diretor-executivo da empresa francesa e integrante da primeira geração de profissionais do Facebook no Brasil, após passagem de 12 anos pela área de ad sales da Globosat, é garantir “os melhores resultados” no ambiente mobile.
Em sua opinião, isso só é factível se a estratégia de segmentação de mídia for encerrada com a aferição de resultados. A Teads faz isso com a Moate, especializada em aferição de tráfego humano, viewability e complition rate. Tudo no ambiente safety, nas palavras de Proti, que acrescenta.
“Vivemos a era das fake news e das plataformas com conteúdos gerados pelos usuários. São ambientes democráticos e a informação navega com rapidez. A Teads é segura porque só trabalha com conteúdo de publishers profissionais. São revistas e jornais do Grupo Globo, Editora Abril, Estadão, Webedia, The Economist e Reuters. Com isso, trazemos um ambiente seguro, que é o que qualquer anunciante busca para suas campanhas de branding. A Teads tem uma arquitetura de soluções que ajuda as agências e seus clientes desde o pré-teste até a exibição do seu vídeo”.
Com 1, 2 bilhão de usuários, dos quais 10% no mercado brasileiro, a Teads vê oportunidades no universo programático: “Ela coloca o comprador no controle do inventário criativo de acordo com sua performance e com o melhor balanço para entregar as mensagens para o target. A Teads busca valor para o ecossistema programático por trabalhar com publishers confiáveis. No início houve desconfiança onde a publicidade era endereçada”, diz Proti, ressaltando que a ferramenta Teads Connect garante acesso ao inventário e está disponível para qualquer DSP (Demand Side Platform).

Apesar do avanço da mídia programática, a qualidade do retargeting gera questionamentos. “Tem um ponto importante, pelo fato de a publicidade digital ser vista como invasiva no mundo inteiro e o impacto disso é a adoção acelerada de ad blockers e a falta da efetividade desse mecanismo. Isso motivou o IAB (International Advertising Buareau) nos Estados Unidos a liderar um laboratório colaborativo que envolve Facebook, Unilever, P&G, Teads e agências de publicidade, todos signatários da Coalisation For Better Ads. Já foi feito um estudo para saber quais formatos digitais são invasivos. Por exemplo: os que se sobrepõem à leitura e à navegação do usuário. E a Teads está muito bem posicionada nesse cenário para que os formatos que oferece respeitem a experiência do usuário e o mantenha no controle das suas opções”, explicou o dirigente da Teads no mercado brasileiro.
Na avaliação de Proti, um dos principais assets da Teads no país é o seu time de profissionais, composto por 30 integrantes vindos de empresas como a Microsoft, Facebook e Oath, por exemplo. A essência é manter um skill set complementar por meio de dados, native ads, performance e construção de marca.
“A Teads é uma plataforma para monetizar os publishers. Mais importante: o Brasil é um país continental, com potencial por ter mais de 200 milhões de pessoas na sua população. O desafio de qualquer veículo é ter o maior alcance. E o nosso é que a oferta do conteúdo seja com qualidade e adequação”, observa Proti. No momento, a Teads também está buscando soluções com VR: óculos que podem ser experimentados pelo usuário como uma experiência imersiva. “Vai ampliar as possibilidades de negócios”, finaliza o diretor-executivo da Teads.
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