A Adobe promoveu na semana passada em São Paulo a quarta edição da Adobe Experience House, evento de marketing digital e inovação que reuniu 2 mil profisionais do mercado. Com apoio da Knowledge Exchange Sessions (KES) na curadoria, a programação trouxe experts em criatividade e experiência de marca que lideram inovação em verticais como varejo e finanças, por meio de soluções em cloud. Houve também apresentação de cases de marcas como B2W, Credz, Dolce Gusto, Magazine Luiza,Serasa Experian e Vivo.
“Inteligência artificial, experiências por voz, omnichannel e customização são vitrines de tecnologias que estão transformando a maneira de se relacionar com os clientes”, afirmou Gabriela Viana, diretora de marketing da Adobe para a América Latina. “Nós temos trabalhado para disseminar a importância de se priorizar a experiência dos consumidores no mundo dos negócios. Essa quarta edição é uma oportunidade de mostrar os resultados práticos dessa transformação digital em uma série de cases”, completa.
Um dos assuntos do ano foi o potencial do 3D para o marketing e design. Ao lado de realidade aumentada e realidade virtual, esse tipo de experiência demostra grande potencial para a criação de conteúdo imersivo e que gere profunda conexão entre marcas e consumidores. “Em termos da experiência do usuário, quando você oferece a qualquer usuário uma experiência em 3D, é naturalmente muito intuitivo, porque todos já operamos em três dimensões”, resume Ross McKegney, engenheiro e especialista em 3D/VR/AR da Adobe.
Segundo o executivo, os movimentos de grandes players como Apple demonstram o potencial desses formatos. “A Apple está apostando na realidade aumentada como um futuro. E a empresa não estaria interessada se pensassem que se trata de um nicho de mercado. Quando você vê Apple, Google, Samsung e Facebook investindo profundamente nesses novos tipos de conteúdo imersivo, fica claro que serão algo dominante. É apenas uma questão de quando”, afirma.
No varejo, também já há exemplos da aplicação do 3D aos negócios, como na Ikea, que tem seu catálogo de produtos todo em formato tridimensional no site. “Quando você está comprando uma mobília, quer saber se ela se encaixa em sua casa. Assim, os grandes varejistas de móveis precisam de AR e 3D para isso, como forma de impactar positivamente na decisão de compra. Essa confiança também significa que você terá menor probabilidade de devolver o produto. É um grande impacto de negócio”, avalia.Em linhas gerais, a experiência digital de compra tem sido amplamente impactada pela necessidade de se consumir conteúdo imersivo 3D, o que traz desafios para o marketing. “Os profissionais dessa área enfrentam questões como a demanda por mais e mais conteúdo nas redes sociais. Antes, para vender o produto, você podia produzir quatro imagens, colocar no site e, pronto, era tudo o que você precisava. Hoje, você tem que ter mais de 50 imagens para esse produto, porque precisa exibi-lo em todas as configurações e ambientes diferentes”, acredita. Assim, a demanda por criação de conteúdo segmentado com atualização diária pode ser auxiliada pelo 3D, já que é possível exibir, por exemplo, um modelo tridimensional de um produto aplicado a fundos diferentes. “Isso pode ser feito muito rapidamente, em poucos minutos, o que é mais vantajoso do que ter uma nova sessão de fotos”, aponta.