Já imaginou quantos insights a Baía de Todos os Santos pode proporcionar? Pelo menos outros 50 anos de criatividade é o que espera a baiana Propeg, que completa meio século de existência, neste mês, e prepara a agência para os próximos anos. “Nosso eixo, nossa obsessão é a vanguarda. Não ser uma venerável agência, mas ser uma agência venerada. Somos uma agência de entrega, mas sempre com uma orientação criativa robusta”, diz Fernando Barros, presidente da Propeg. Para tanto, uma das estratégias é o reforço à área criativa da agência, que deverá focar na prospecção a clientes do setor privado, segundo Emerson Braga, que assume a vice-presidência de criação. Na casa desde 2010, atuava na Revolution, agência de varejo do Grupo PPG, holding do qual a Propeg faz parte juntamente com a Menta, Invent e InFavela (ver em box). Outra aposta é na continuidade da atuação regional, os principais executivos alocados na sede da agência em Salvador viajam frequentemente para os outros quatro escritórios da Propeg, no Ceará, Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro, este último inaugurado no bairro de Botafogo, neste mês, para atender a prefeitura carioca, cliente que ganhou no final de março. Neste ano, a agência amealhou ainda as contas de Comercial Ramos, Master Magazine e TV Verde Mares. “Esta agência tem características regionais por ter unidades pelo Brasil, mas ela não é uma estrutura regional concentrada, porque o próprio berço dela que é a Bahia já não é o lugar onde tem o faturamento mais expressivo. Nós temos capilaridade e isso não muda há pelo menos 40 anos. O Brasil fala várias línguas, tem sotaques, culturas diferentes, que influi na linguagem e comportamento, é assim que saímos na frente, não fico na Avenida Paulista, ou na Faria Lima, criando para cearenses, eu tenho a proximidade, a tradução do que as pessoas de diferentes regiões pensam. Só a Propeg tem”, explica Barros.

A Propeg que investiu de janeiro a junho deste ano R$ 596,614 milhões em mídia, segundo o Ibope Media, não deve apresentar crescimento neste ano. “Já mudei duas vezes a projeção. Não vou crescer em relação ao ano passado. Se tudo der certo, devemos nos manter estável, o que já é um bom resultado para um ano como este”, diz Barros. Se ganhar o processo que move na justiça para obter o direito de atender a Caixa, o desempenho pode ser outro. Quando disputou a concorrência em 2013, a agência baiana ficou em quinto lugar. No edital, constava a informação de que o número de agências seria quatro. Após o banco cancelar contrato com a Borghi/Lowe, (atual Mullen Lowe Brasil), em abril, por envolvimento com a Operação Lava Jato, a Propeg reivindica assumir o lugar deixado pela Borghi. “Virou uma questão jurídica, espero que eu ganhe. Porque o direito é bom e acho que correto”, conta o executivo. A agência é reconhecida no mercado pela expertise em conta pública – atualmente atende as prefeituras de Salvador, Fortaleza, os governos do Estado do Ceará, do Distrito Federal, e de São Paulo, além da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Ministério da Saúde,  Correios,  CPTM e Detran  –, “Desenvolvemos a expertise de atender conta pública. Mas hoje se for ver o grupo, elas estão mais diluídas. Não quero perder conta pública, vou continuar concorrendo. Sabemos fazer, mas dá trabalho porque o gestor público tende a ser mais conservador”, diz Barros.

Com o cenário político complexo, o executivo afirma que a comunicação se tornou ainda mais desafiante. “Meu cliente que é a presidência da república convive com duas situações dramáticas, crise política e econômica de uma só vez. Isso exige que a comunicação tenha mais velocidade, com senso estratégico mais apurado. Eu diria que não existe milagre possível operado pela comunicação quando se defronta com aspectos econômicos que se resvalam às pessoas perderem aquilo que foi conquistado. A comunicação precisa abrir a esperança, só que para isso preciso de um plano, um projeto que ainda não está todo desenhado. Penso que até o final do ano o Governo terá regras mais bem definidas. Assim sendo, acho que pode iniciar um processo virtuoso de recuperação, aos poucos passar a impressão de que se está trabalhando para que as pessoas sofram o mínimo possível com toda essa crise e mantendo aquilo que é a marca mais expressiva do Governo, as conquistas sociais, onde se destaca o Bolsa Família que é o maior programa do mundo. Nele você tem entradas e saídas. O que se temia é que só houvesse entradas, mas tem muita gente que recebeu o benefício e não precisa mais dele. O Bolsa Família ressuscita todos os meses diversos municípios cujas economias giram em torno disso. Acabou a fome no país”, diz o presidente da Propeg.

Já o mercado da Bahia, Barros acredita que precisa desenvolver a indústria da transformação. “Basicamente é de serviços, governo e de pouca indústria de transformação. Até o Ceará tem mais indústria de consumo do que aqui. Profissionais formidáveis da comunicação nasceram e se criaram por aqui e hoje estão pelo Brasil afora e até pelo mundo. Os clientes não estão aqui, não posso me queixar dos meus clientes, mas ainda não é suficiente para sustentar o projeto ambicioso que é o da Propeg.”

 

Criação

A Propeg sempre foi uma exportadora de talentos da área criativa, grandes nomes da publicidade passaram pela agência, como Sérgio Valente (Globo), Sérgio Gordilho (Africa), Mariana Sá (Globo), Mauricio Carvalho e tantos outros. “Estamos comemorando um marco, mas entendemos que temos que olhar para a frente, para os próximos 50 anos. Inclusive nossa campanha terá o conceito Propeg comemora os próximos 50 anos”, diz Emerson Braga, que assume como VP de criação e comandará a equipe criativa da agência dos escritórios de Salvador, Ceará, Rio de Janeiro Brasília e São Paulo. Na Propeg desde 2010, Braga antes atuava na McCann em Lisboa. Voltou à agência para cuidar da criação de varejo, na Revolution. Em seu currículo há diversos prêmios, entre eles Profissionais do Ano da Rede Globo, Prêmio Abril e Leões em Cannes.

De acordo com Braga, a reestruturação da área partiu de um briefing simples para manter a pegada criativa, mas com um passo além.  A ideia é trazer inovação ao departamento através de uma comunicação mais “conectada e universal”, considerando a cultura de cada região; investir fortemente no setor privado; manter nível de visibilidade, apostando em premiações. “O grande efeito disso é o mundo poder ver o que está sendo feito na agência. Intensificar nossa participação em festival”, sinaliza o criativo; além de reforçar a integração dos departamentos.

Para tanto, o criativo que ficará na sede da agência em Salvador, conta com uma dupla de criação no escritório do Rio de Janeiro e com Fabiano Ribeiro, diretor de criação da Propeg Bahia, Ceará e Rio de Janeiro. “A Propeg nasceu atendendo conta pública, mas com o passar dos anos foi ganhando contas privadas e atendendo muito bem. Nosso principal diferencial é que atendemos conta pública sem nenhum tipo de preconceito, pelo contrário, fazemos disso uma vitrine, construindo vários cases. Criamos essa expertise que foi ampliada, também trabalhamos muito bem em contas privadas”, diz.

 

Atendimento

No atendimento da Propeg, cada escritório tem o seu gestor e Vitor Barros, VP de atendimento e gestão é o responsável por unificar o fluxo entre as áreas. Em Brasília tem um diretor para cada conta, porque o volume de trabalho é maior. Michele Estevez, diretora de atendimento, com 15 anos de Propeg, chegou à agência como estagiária, hoje é responsável pelo atendimento na Bahia e lidera equipe com 11 profissionais. “O mais novo de casa tem pelo menos três anos. Porque a Propeg consegue criar o sonho das pessoas virem trabalhar aqui, uma agência grande com projeção nacional. Minha equipe tem como perfil pessoas mais velhas que já rodaram o mercado e estão mais maduras profissionalmente, assim também como pessoas mais novas que buscam construir uma trajetória aqui. Estamos sempre preocupados em ir além para o cliente. Para que nossos clientes sejam parceiros dependentes do nosso trabalho. Hoje somos uma agência mais leve do ponto de vista de estrutura”, conta Michele.

A integração das áreas, com um atendimento forte e pautado, está entre os diferenciais da Propeg, segundo a executiva.  Na sede, o atendimento é dividido em quatro núcleos, um para atender imobiliário (PDG, Queiroz Galvão, Santa Helena, por exemplo), outro núcleo para atender Coelba (companhia de eletricidade do estado da Bahia), uma terceira divisão exclusiva para M. Dias Branco (fabricante de biscoitos e massas, que atua nos segmentos de moagem de trigo, refino de óleo, gorduras, margarinas e cremes vegetais, bolos, snacks e torradas), neste caso, a Propeg cuida de toda parte on-line e off-line da companhia. E o núcleo de prefeitura. “Trata-se de um departamento extremamente organizado. Vim para cá com essa demanda. Tudo funciona bem pautado, pauta com clientes, relatórios de reunião. Hoje temos ainda uma sintonia com os departamentos. Quando temos um job grande vai para reunião: produção, mídia, criação, atendimento, todo mundo para entender e encontrar a melhor solução para o cliente”, conclui.

 

Planejamento

Diretora geral de todos os escritórios da Propeg, a alagoana, Melina Romariz completará 10 anos de casa. Foi responsável pela implementação do departamento de planejamento. “O Fernando me convidou para fazer a reestruturação da área que até então não era robusta. Apostamos num viés estratégico e colaborativo. Estamos sempre viajando para atender a todos os escritórios. Em Brasília, pelo perfil dos clientes que a unidade possui, exige uma pessoa local, um gerente de planejamento. No mais, a equipe tem o desafio de o tempo todo estar em transito. Temos uma rotina bem agitada”, explica Melina. Há um mês foi contratado Alessandro Doria, com formação digital, ele passou um tempo na China trabalhando com tecnologia, com startups. “Vivemos sempre num ritmo de reinvenção. Temos tido bons desafios na área digital com os Correios, Presidência da República, é importante uma pessoa com essa vivência”, diz.

“Cada escritório é um mundo. São várias Propegs em uma só. Por causa da cultura local. Existe uma força de Propeg se adaptando a cada mercado. Temos ferramental que nos ajuda a ter uma cultura única no planejamento e construir um caminho para as marcas, com comunicação que tenha mais propósito. As velhas formas têm funcionado cada vez menos. Sabemos fazer muito bem comunicação pública e também privada. Essa separação chega a ser tola, porque no final tudo vai passar por análises similares, em busca de algo que faça sentido. Existe esse rótulo, mas acho esse pensamento tão antigo. A diferença da demanda final é de consumir ou de engajar”, diz.

 

 

Relações Institucionais

 

Um diferencial de informação e análise que poucas agências têm, assim a área criada em 2013 com a chegada de Lula Costa Pinto, VP de relações institucionais da Propeg e do Grupo PPG, funciona como um “plus para os clientes da agência”. Para as contas privadas, apresenta uma análise de conjuntura política. “Num momento de crise uma agência de comunicação não é apenas aquilo que ela pode gerar, uma compra de espaço, a formulação ou imagem da marca. Ela precisa ajudar as empresas a olharem para a frente, para depois da crise, compreender o momento. Quem tem profissionais com essa expertise está melhor preparado para traçar estratégias”, explica Lula. Já para os clientes públicos, segundo ele, agrega a visão política. Fornece avaliação estratégica e conjuntural permanente, além de orientar a equipe da agência sobre qual é o melhor momento de usar determinadas saídas na área de criação, para onde aponta a pesquisa. “Porque fazer comunicação de governo é diferente de fazer campanha. Eu já fiz campanha política, outras pessoas dentro da agência fizeram e são espetaculares nisso, mas comunicação de governo não tem nada a ver com isso”.

 

O planejamento já tem muita informação. Mas um personagem que tem uma formação jornalística, mais de análise política e econômica, com passagens como repórter, editor de política, economia e nacional de revistas e jornais (Veja, Globo, Época, Folha de S.Paulo, Correio Braziliense) faz a diferença dentro de uma agência de publicidade, que normalmente não possuem profissionais com esta experiência. “Isso ajuda muito na imagem junto ao cliente, que não estamos apenas preocupados em colocar o produto dele na prateleira, ou buscar uma forma melhor de vender, mas estamos auxiliando no planejamento de médio e longo prazo”, explica Lula. De acordo com ele, outra vantagem da área está nas prospecções. A Propeg tem pretensão de voltar ao mercado internacional, onde já atuou no passado. “Nesse caso, se faz necessário ter uma visão política, porque se vende para o mercado externo não só o negócio agência de publicidade, mas uma visão sofisticada de política regional. As agências brasileiras e os profissionais de marketing político brasileiro, como o João Santana, Duda Mendonça, Fernando Barros, entre outros, tem uma história de campanhas de política ou de governo, no exterior, e nós queremos retomar esse caminho de maneira mais focada a partir de 2016. As agências brasileiras são sempre procuradas por governos ou por candidatos no exterior, em momentos de campanha, temos essa pretensão”, conta.

Lula circula entre os escritórios da Propeg e eventualmente até onde não tem escritórios, neste caso, na prospecção, principalmente em Recife, Curitiba e Goiana. “Porque para criar essa visão é fundamental interlocução que extrapola a esfera dos clientes da agência, sobretudo com pessoas, empresas ou entes públicos que não são clientes da agência, mas para formar uma colcha de avaliação, pode ser que um dia resulte em um cliente para a Propeg”, conclui.

 

Projetos

“Nosso desafio é como conseguir intricar[L1]  para que tudo trabalhe em sinergia”, diz Nelson Vilalva, diretor de projetos do Grupo PPG, que tem como foco ações da Invent e na InFavela. A área de projetos na Propeg é comandada por André Schaer, diretor de projetos da agência. “Essa estruturação é um pensamento de atuar um pouco como integrador, entender o que está acontecendo nas agências (do Grupo), de maximizar oportunidades, às vezes uma coisa que nasce de um jeito pode transpor para a Propeg, para Revolution, para a Menta. Temos ensaiado algumas parcerias com a Revolution, pegando algumas prospecções que temos feito em live marketing. Aproximando para que o grupo possa trabalhar e agir como tal, não como empresas isoladas, pois temos fortalezas aqui dentro que se somadas serão significativas da porta da rua para fora”, resume Vilalva, o trabalho realizado na área.

“Pode ser competente e nacional, a partir de um mercado que não seja o de São Paulo. Fala-se muito do talento da propaganda baiana, a Propeg vem mostrando com esse movimento que os talentos podem crescer, amadurecer e levar valor às marcas sem estar no eixo Rio-São Paulo. Consegue ter uma leitura apurada do que é esse país, dos hábitos de consumo dos brasileiros. Temos um Brasil que é diferente e surpreendente, não desmereço a inovação, mas temos que entender a dose, o que é essa mistura na composição do que é o Brasil. Têm profissionais que se encastelam no escritório e deixam de enxergar o que é o país. Falar com o Rio usando o corcovado, o sotaque baiano no spot de rádio, chegar em Brasília usando o congresso para fazer uma homenagem a cidade, são alguns exemplos da falta de compreensão do próprio país”, diz Vilalva. Para ele, a Propeg “talvez tenha um chip que processa bem sociologia, antropologia, comportamento do consumidor e comunicação, assim entrega resultado de comunicação. O mínimo que as marcas podem esperar de nós é essa compreensão de Brasil”.

Propeg Brasília

O escritório de Brasília representa 40% do faturamento da agência. Enquanto São Paulo e Bahia 20% cada, Ceará e Rio de Janeiro dividem o restante. A unidade na capital federal atende somente contas públicas e conta com uma estrutura completa com todos os departamentos. A frente da operação está Renata Sanchez, diretora executiva Propeg Brasília. Segundo ela, todas as áreas estão de alguma forma ligada a matriz. O planejamento é o que está mais fortemente vinculado à sede, funciona em Salvador.

O escritório conta atualmente com uma equipe de 50 profissionais, mas já chegou a 100 pessoas. “2013 e 2014 foram anos bons, houve a chegada de contas importantes. Mas nos preparamos no ano passado sabendo que teríamos um cenário difícil em 2015, realizamos alguns cortes. Nossa equipe tem feito um grande esforço para dar conta dos desafios, que são enormes. Estamos em um ano, em termos de faturamento, atípico, mas em termos de trabalho igual aos outros anos, com mesmo volume de demanda e expectativas dos clientes. Ano de crise, a verba não diminuiu, mas há dificuldade maior em liberação. Estamos no final do ano e investimento que já teríamos faturado nessa época, ainda não conseguimos. A expectativa de faturamento em 2015 é menor que 2014, em pelo menos 30%. Isso por conta de dois clientes, o Ministério das Cidades que deixou de existir, o que significa em torno de R$ 120 milhões a menos no mercado de Brasília como um todo, e o Governo do Distrito Federal (GDF) que reduziu drasticamente o investimento em comunicação”, diz Renata.

 

Box – Grupo PPG

O Grupo PPG é o terceiro maior grupo brasileiro independente, com 100% de capital nacional e faturamento de R$ 510 milhões em 2014. Possui escritórios em Salvador, Brasília, Fortaleza, Manaus, Rio de Janeiro e São Paulo, conta com 300 funcionários que atuam em suas cinco empresas: a Propeg, agência de publicidade; a Revolution Brasil, especializada no mercado de varejo e consumo; a Invent Live Marketing, com foco em promoções e eventos; a Menta, também de publicidade, mas com atuação prioritária no setor privado; e a iNFavela, especializada em live marketing para o universo das comunidades. O PPG coleciona em seu portfólio ações para Odebrecht, M. Dias Branco, Coca-Cola, PDG e Souza Cruz, e também para clientes locais, como Coelba e Casa Civil do Governo do Estado de São Paulo. O carro chefe do grupo ainda é a Propeg e a Revolution, juntas respondem por 70% do faturamento, segundo Marcos Fonseca, VP de operações. “Neste ano a Revolution foi a que mais cresceu, cerca de 50%, isso por ter agregado três novas bandeiras da Máquina de Vendas”, diz.  Atualmente, atende todas as bandeiras da holding formada pela união das empresas: Ricardo Eletro, Insinuante, City Lar, Eletro Shopping e Salfer, segunda maior rede de varejo de eletroeletrônicos do Brasil com a maior cobertura territorial. A rede é a única a estar presente em todos os estados e no Distrito Federal, com mais de mil lojas.

“Em 2013, criamos a holding, que nasceu da Propeg, com perfil de agência nacional, especializada em contas públicas e regional. Já a Revolution surgiu da Propeg varejo, pensamos em criar uma agência de varejo que pudesse atender outros clientes, com expertise acumulada de muitos anos, com profissionais competentes e DNA de varejo. No mesmo ano compramos a Invent, de promo e ativação, que completa 10 anos em 2015, e já conquistou diversos clientes importantes, como a engarrafadora da Coca Cola”, diz Vitor Barros, VP de atendimento e gestão da Propeg e do grupo PPG. A Invent deve crescer 30% este ano, segundo Fonseca. A agência é responsável por eventos segmentados em Manaus, Recife, Salvador e Brasília. Também é a aposta do grupo para a Olimpíada. De acordo com Vitor, ter sedes estruturadas regionalmente tem sido uma vantagem competitiva para a operação do PPG.  Termômetro disso é o atendimento da própria Coca-Cola, onde o grupo tem a conta da Solar no Ceará, do Grupo Simões em Manaus, e da Brasal que está em Brasília, todas engarrafadoras da fabricante de refrigerantes.

O PPG nasceu com a configuração das três agências (Propeg, Revolution e Invent). No ano passado, foi criada a Menta, em sociedade com o Flávio Casarotti, com foco no mercado privado do eixo sul-sudeste. Em 2015, foi a vez da INFavela, de ativação especializada em comunidades e periferias do Brasil. “Por causa da crise tem muitos projetos que estão em stand by para sair do papel a qualquer momento”, diz Vitor, sobre as expectativas em relação a nova empresa. Todas as agências têm sócios e gestão independente. “Tem pessoas que são diretores da holding e também atuam no dia a dia das agências, como é o caso do Fernando Barros, Marcos Fonseca, Lula Costa Pinto, Nelson Vilalva e eu, nosso trabalho é fomentar o crescimento das empresas”.

 

Clientes

Correios

M. Dias Branco

Marca Fortaleza

Amorela

Puro Sabor 

Richester

Farinha Finna

Detran.SP

Prefeitura de Salvador

Prefeitura de Fortaleza

Governo do Estado do Ceará

Governo do Distrito Federal

Governo do Estado de São Paulo

Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

Ministério da Saúde

PDG

Queiroz Galvão

Santa Helena

Odebrecht Realizações 

Unijorge

Comercial Ramos

Farmácias Santana

CPTM

Safernet Brasil

Coelba 

Oi

Jornal Correio*

Onu Mulheres

ATX-BA

Villa Forma

Obras Sociais Irmã Dulce

 

Executivos

Fernando Barros, presidente

Marcos Fonseca, VP de operações

Vitor Barros, VP de atendimento e gestão

Lula Costa de Pinto, VP de relações institucionais 

Emerson Braga, CCO

Melina Romariz, diretora geral de planejamento

Renata Sanchez, diretora executiva Propeg Brasília

Sayto Gama, diretor executivo Propeg SP

Michele Estevez, diretora de atendimento Propeg Bahia

Fabiano Ribeiro, diretor de criação BA/CE/RJ

Edu Henrique, diretor de criação Brasília

André Amoedo, diretor de criação BA

André Schaer, diretor de projetos especiais

Neide Santos, diretora de mídia

Ana Paula Martins, diretora de atendimento SP

Renata Barrionuevo, diretora de atendimento Brasília

Duda Guedes, diretora de atendimento Brasília

Liana Bonaccorsi, diretora de atendimento Brasília

 

Cases

 

Miau, miau

 

Em 2015, os ajustes das bandeiras tarifárias e a instabilidade econômica contribuíram para a maior incidência do “gato” (ligação elétrica clandestina). A invisibilidade do tema e a impunidade dificultavam a mudança de comportamento. Como solução, a Propeg desenvolveu uma campanha de conscientização em duas fases, que apostava em uma estratégia de visibilidade, com uma abordagem bastante popular. A ideia era driblar a resistência ao tema a partir de uma linguagem envolvente e positiva.

No primeiro momento, um teaser comunicava o lançamento do novo single do cantor de “sofrência” Pablo, chamado “Miau, Miau”. Lançada em suas redes sociais, a música contava a história de um homem que perdeu o seu amor e ficou no prejuízo por causa de um gato de energia. A segunda fase da campanha revelava que a música de Pablo na verdade era uma campanha publicitária da Coelba, assumindo Pablo como porta-voz da mensagem educativa e mobilizadora. Os resultados surpreenderam e tornaram a campanha um grande case: o canal de Youtube registrou 320.261 visualizações e a mídia espontânea obtida contemplou diversos veículos impressos, on-line, tv e rádio, além de publicações especializadas em propaganda. Em pesquisa qualitativa de pós-teste, a campanha recebeu excelente aprovação, com elogios à abordagem criativa, à capacidade de identificação e reflexão sobre as consequências do “gato”. A pesquisa quantitativa de recall registrou resultado superior a 70% de lembrança.

 

 

 

Almost

 

Dados de pesquisa indicam que 50% dos pacientes que estão na fila de espera de um órgão falecem antes de conseguir realizar o transplante. De acordo com essa realidade, a ATX solicitou à Propeg a criação de uma campanha que ajudasse a criar uma cultura de doação de órgãos, já que a negativa familiar a este ato, na Bahia, atingiu 80% no primeiro semestre de 2015, justificada – em sua maioria – pelo desconhecimento sobre o que é a doação de órgãos, a morte encefálica e o transplante. A campanha baseou-se em vídeos virais veiculados na internet, com situações reais de riscos em que pessoas sobreviveram, não falecendo por muito pouco. A mensagem “qualquer um pode ter uma segunda chance” ampara-se na premissa de que o sentimento que ainda leva essas famílias a doar é o de continuidade do ente querido em outras pessoas. Como resultado, o vídeo foi amplamente compartilhado nas redes sociais e a campanha premiada recentemente no CCSP na categoria filme.

 

Selfie

 

No Brasil e no mundo, o número de pessoas que tiveram suas fotos e vídeos íntimos divulgados na internet mais que dobrou nos últimos anos – e as mulheres são as principais vítimas. Para fazê-las refletir antes de enviar qualquer material íntimo pela internet, a agência criou uma campanha mostrando que ninguém tem controle sobre o que é divulgado na internet, tampouco sobre quem vai ver as suas fotos e vídeos.

A campanha tornou-se um viral. Desde o lançamento, a peça obteve mais de oito mil likes e mais de 10 mil compartilhamentos no Facebook, atingindo mais de 15 milhões de pessoas em todo o mundo através das redes sociais, além de ser manchete nos principais sites de notícias. A campanha ajudou a Safernet Brasil a obter um aumento de 43% em pedidos de ajuda para os casos envolvendo esse tipo de crime.

 

Sonhalize

 

A marca Finna, encarando o desafio de estar cada vez mais próxima da sua consumidora e reforçar a sua atuação no ambiente on-line, realizou, por meio da Propeg, o projeto de branded content “Sonhalize”, que conta a história de mulheres reais que buscaram realizar o sonho de empreender no segmento gastronômico. O “Sonhalize” traduziu o comportamento da mulher Finna, autêntica, independente, forte, prática e que vai em busca dos seus objetivos, usando a cozinha como um lugar de prazer e realização. O projeto teve um resultado extremamente positivo, com alcance de 2.546.359 pessoas no Facebook e aumento de 836% de visualizações no canal do Youtube.

 

Lembra de mim

 

Em 2014, dados alarmantes mostraram que o uso de preservativos estava em queda no Brasil. Pesquisas indicaram que, com a menor incidência de mortes decorrentes da AIDS e a consequente possibilidade de se viver com a doença, a sensação de temor relacionada ao vírus HIV diminuiu. Foi desenvolvida pela Propeg uma campanha – com linguagem leve, descontraída e inovadora – que dialogava com o público, lembrando sobre o uso da camisinha e a sua importância. A solução foi associar essa lembrança a nomes que, assim como a camisinha, em um tempo não tão distante, fizeram muito sucesso, embora hoje não tenham popularidade. Artistas esquecidos foram recrutados para simular uma volta à mídia. A imprensa especializada acreditou na ideia e anunciou o movimento “Lembra de Mim” como um retorno desses artistas aos palcos. Vídeos teasers foram lançados no canal do Youtube da campanha. Neles, os artistas se dirigiam ao público com o pedido “Lembra de mim! ”. A verdade veio à tona quando, no final do programa Fantástico (da Rede Globo), o clipe musical da campanha foi lançado. Nele, os artistas “esquecidos” cantaram uma música composta especialmente para o projeto, no qual revelavam que o pedido de lembrança era, na verdade, feito pela camisinha. O clipe viralizou em apenas dois dias no canal oficial do Ministério da Saúde e resultou em 56 milhões de perfis impactados no Twitter, além de gerar pauta espontânea em programas como “Encontro com Fátima”.

 

 

Carnaval 2014

 

As estatísticas de morte e mutilações no trânsito são assustadoras. No período de carnaval, esses números crescem ainda mais em função dos deslocamentos entre cidades/estados e de atitudes irresponsáveis, como beber e dirigir e excesso de velocidade. Em São Paulo, estima-se que, em média, dois milhões de veículos partem da capital em direção ao litoral ou interior do estado. Para alertar sobre os excessos desse período, especialmente no que diz respeito à mistura direção e álcool, o Detran.SP solicitou à Propeg a criação de uma campanha que sensibilizasse os motoristas para as consequências que a imprudência e o desrespeito no trânsito podem trazer para si e, principalmente, para os outros. Adotando um partido gráfico com referência ao carnaval e com o conceito “Seu carro vai rápido, sua vida também. Se beber, não dirija”, a campanha foi veiculada em mídia exterior, rádio, internet e contou também com projetos diferenciados como: uma ação de visibilidade em que uma ambulância desfilava no sambódromo e exibia a mensagem “este carro não é alegórico”, e no ambiente digital, a veiculação pioneira no Waze, que disparava alertas em pontos de festas, bares e estradas com mensagens relacionadas à indevida associação entre bebida e direção. Mais de 1,1 milhão de pessoas a caminho do litoral e interior foram impactadas por mensagens da campanha no celular, registrando 5.232.289 impressões e 11.125 cliques.

 

Turismo

 

Em 2014, a cidade de Salvador encontrava-se em um momento delicado: o fluxo de turistas havia caído. Os viajantes brasileiros vinham ao estado à procura de outros destinos, como litoral norte ou praias no extremo sul. Já os estrangeiros que chegavam à capital voltavam perplexos com o abandono da região histórica.

A fim de reverter este cenário de declínio, a Propeg desenvolveu uma estratégia de reposicionamento, o objetivo era resgatar o interesse do turista e construir uma nova imagem competitiva para a cidade. Para tanto, foi desenvolvido um planejamento estratégico que na primeira fase de implementação apresentou uma nova identidade visual para o destino e um novo posicionamento que buscou ressignificar o DNA de Salvador a partir de uma perspectiva contemporânea e capaz de trazer de volta a autoestima do soteropolitano. Em pesquisa realizada pela agência, identificou-se que a autenticidade da cidade podia ser sentida a partir de seus sabores, sons, toques e cores. O filme criado pela agência, que lançou o conceito “Salvador. Você sente que é diferente”, valorizou a originalidade da cidade a partir dessas experiências sensoriais que o turista pode viver no local.

 

 

 

Conveniência

 

Em sintonia com as necessidades do mundo contemporâneo, os Correios têm cada vez mais oferecido soluções rápidas e descomplicadas. Os consumidores podem encontrar nas agências diversos produtos e serviços, ainda pouco conhecidos pela população. O desafio da campanha foi, então, apresentar soluções que vão muito além do envio de cartas e encomendas, posicionando as agências dos Correios como verdadeiros centros de conveniência ao cidadão. Apoiando-se na relação próxima dos brasileiros com a marca confirmada através de um estudo de netnografia (metodologia qualitativa que aplica a etnografia ao ambiente digital), a campanha foi desenvolvida com base na expressão popular “vou ali nos Correios” e retratava, em situações do cotidiano, os desafios da correria diária e o quanto é desejável realizar tarefas corriqueiras de forma fácil e prática. O ex-atleta Gustavo Kuerten, o Guga, que interpreta o personagem principal do filme, representa o cidadão comum (seja pessoa física, seja pessoa jurídica), que precisa concluir tarefas diversas. Felizmente, ele sabe que consegue realizar todas elas nas agências dos Correios. Os resultados foram extremamente positivos, apontando um recall geral identificado em pesquisa de quase 25,5 milhões de pessoas impactadas.

 

 

 

Doação de órgãos

 

O Ceará é o terceiro estado no ranking de doação e o primeiro do Norte e Nordeste. Visando a permanência na posição de liderança e o fortalecimento da ação regular do governo, a campanha foi criada com intuito de chamar atenção através da sensibilização sobre o tema e o engajamento da população. A proposta criativa elaborada pela Propeg contava com o tema super-heróis, fazendo uma analogia entre os atos heroicos desses personagens e a doação de órgãos. A campanha contemplou peças como anúncios, cartilhas e camisetas.

 

 

Parada

 

O Brasil é o quarto país com o trânsito mais violento do mundo. No período de 2011 a 2013, o Ministério das Cidades realizou um projeto perene que pretendia contribuir para uma mudança comportamental e a consequente diminuição de mortes e outros danos causados por acidentes de trânsito. O Parada – Pacto Nacional pela Redução de Acidentes – promoveu campanhas de sensibilização e ações mobilizadoras realizadas pela Propeg. O Parada, Pacto pela Vida, divulgou campanhas para pedestres, motociclistas e caminhoneiros, além da sociedade em geral, tratando sobre temas como uso do celular e direção x álcool. Desde o lançamento do projeto, os resultados começaram a aparecer: houve redução de 45% nos índices de acidentes durante o Corpus Christi, 36% no período de carnaval e 32% no feriado da Semana Santa.

 


 [L1]Essa palavra não faz sentido aqui. Ver com Suzi.