De acordo com a GSMA, associação global dos operadores móveis, o número de pessoas no mundo que acessam a Internet por dispositivos móveis supera os 3,6 bilhões. Já no Brasil, pesquisas apontam que a parcela corresponde a cerca de 50 milhões de usuários.
Diante de tamanha quantidade, que cresce rapidamente a cada dia, o Google, responsável por 75% do market share dos buscadores, identificou a necessidade de melhorar a relevância de seus serviços para privilegiar os sites mobile-friendly. Por isso, desde meados de abril, quem tornou seu site responsivo continua a aparecer bem colocado nas pesquisas realizadas por smartphones e tablets. Já quem não possui uma versão móvel fica fora das primeiras páginas de resultados.
Para quem não conhece o perfil de acesso de seu site, a tarefa é verificar as estatísticas de acesso por dispositivos móveis por meio de ferramentas como o Google Analytics e averiguar qual é o impacto das mudanças nos algoritmos do Google. Alguns sites chegam a ter 30% de seus acessos vindos de smartphones e tablets.
Um site mobile-friendly deve contar com diversos requisitos, como tamanhos de resolução, fonte e conteúdo adequados, espaçamento entre links e várias outras características de infraestrutura. O próprio Google fornece uma ferramenta de teste de compatibilidade, que faz o diagnóstico e aponta alternativas para que a página seja desenvolvida corretamente.
Criar um produto digital para dispositivos móveis definitivamente não é tarefa simples – envolve variações de acordo com aparelho, tamanho de tela e recursos específicos dos sistemas operacionais – mas é caminho obrigatório para os desenvolvedores. Afinal, tudo leva ao mesmo objetivo: melhorar a experiência de usuário. Portanto, prepare-se para entregar o melhor produto ou corra o risco de desaparecer entre milhões de resultados.
* CEO da VitaminaWeb, empresa especializada em produção digital, e Diretor da ABRADi-SP