Karina Ribeiro, CMO e new business leader da Ogilvy Brasil (Divulgação)

Como se sente como cidadã?
Inevitavelmente, eu me sinto preocupada e vulnerável diante de um cenário de tantas incertezas. Sou mãe de duas crianças, então, meus cuidados são muito orientados para elas nesse momento. E claro, com minha família de forma mais ampla. Mas, ao mesmo tempo, sinto que tenho um grande senso de responsabilidade como parte de um todo. Tenho me questionado e cobrado cada vez mais sobre como fazer a diferença. Até porque tenho total certeza do quanto sou privilegiada por ter um trabalho e condições para manter minha família. Acredito plenamente, mais do que nunca, que a atitude de cada um é vital para a nossa sociedade perseverar, resistir e sair mais fortalecida.

Como se sente como publicitária?
Agradecida e privilegiada como qualquer cidadão que está conseguindo exercer sua profissão nesse momento. E também mais consciente de que como profissional de comunicação temos a obrigação de informar, ajudar e contribuir para que as pessoas compreendam melhor esse cenário tão mutável. Colaborar para entender os hábitos dos consumidores, facilitar a vida de todos e fomentar a solidariedade num momento com tantos desafios. E por que não, também trazer um pouco de entretenimento e conteúdo para as pessoas terem momentos de descompressão.

O que pretende fazer para contribuir com o Brasil neste momento?
Essa resposta passa por ações individuais e coletivas. Pessoalmente, seguirei com meu trabalho, contribuindo com os clientes que também passam por um momento desafiador. Como cidadã, continuarei seguindo as recomendações de proteção corretas, me cuidando, cuidando das pessoas próximas a mim. Acho importante definir o que é possível e o que está ao meu alcance. Não consigo abraçar o mundo, mas posso ajudar quem precisa mais, quem está mais vulnerável, principalmente, economicamente. É fundamental também ter empatia e acolher as pessoas com quem nos relacionamos. Todos estão passando por lutas muito próprias, pois com um ano de pandemia, estamos somatizando muita ansiedade, medo e incertezas. Um bom resumo para como pretendo viver seria aquela famosa frase: “ninguém solta a mão de ninguém”, mas dessa vez, seguindo os protocolos de segurança. A situação é desafiadora, mas acredito no ser humano. Vamos passar por essa.