Apresentada ao mercado há um ano, a plataforma de anúncios em vídeo TrueView é o grande investimento do Google para monetizar o YouTube. Neste período, o modelo — em que o anunciante só paga quando o usuário assiste ao comercial, e não pela impressão da página — se transformou no principal gerador de receita publicitária para a plataforma e está em franca expansão mundialmente, de acordo com Kika Oncken, gerente de soluções de Branding do Google Brasil. A empresa, contudo, não informou os números que a operação tem obtido.
Campanhas nacionais de sucesso no primeiro semestre deste ano contaram com o formato para impulsionar o diálogo com o público. Entre elas, “Sem papel“, para o Itaú, “The great prepartation“, para a Budweiser, “Vai amarelar ou vai de Gillette?“, para Gillette, e “Atchim e Espirro – a volta“, para Vick, todas criadas pela Africa.
No caso de Gillette, o vídeo que estreou Vitor Belfort como embaixador da marca se tornou o comercial mais acessado no YouTube nacional, com mais de 20 milhões de views, sendo que 58% das visualizações partiram dos anúncios. “Nós estamos aprendendo a trabalhar com a ferramenta”, afirmou Silvia Andrade, gerente de marketing de Gillette. A campanha começou na internet, com o TrueView, e contou com recursos divididos pela metade entre digital e outros meios. “Os resultados estão fazendo com que aumentemos os investimentos em digital”, acrescentou.
“Esse é um mercado muito grande porque é formato com o qual os usuários já estão acostumados e, por isso, é muito mais fácil para eles”, diz Kika. Como vantagens que modelo midiático oferece, segundo a executiva, além de permitir que o usuário pule o anúncio e o pagamento pelo anunciante apenas dos vídeos assistidos, estão as possibilidades de segmentação e acompanhamento para saber até onde os consumidores estão assistindo aos comerciais. Ou seja, até onde a ação consegue captar a atenção do público. Nos próximos meses, segundo a executiva, o modelo também será comercializado para mobile.