Em São Paulo, emissora apresentou resultados dos primeiros meses da gestão e oportunidades de conteúdo e patrocínio para parceiros
Nesta quarta-feira (3), no Solar Fábio Prado, em São Paulo, a TV Cultura apresentou o balanço dos primeiros seis meses da atual gestão e antecipou novidades de 2026, além das oportunidades comerciais do ecossistema da Fundação Padre Anchieta.
Na abertura, Neca Setubal, presidente do conselho curador, destacou a trajetória de atrações. “O Roda Viva vai completar 40 anos e o Metrópolis tem 38 anos. São programas muito inovadores que começaram lá atrás.”
Segundo Maria Angela de Jesus, presidente-executiva da Fundação Padre Anchieta, os primeiros meses da gestão foram marcados por iniciativas de posicionamento e revisão interna. “Lançamos nos primeiros dias da gestão porque todos nós nos sentimos parte da empresa”, afirmou, ao comentar o trabalho por trás da campanha ‘Somos Cultura’, premiado no Gema Awards. “Não almejávamos, mas a premiação confirma o trabalho que estamos fazendo de resgatar a marca.”
Henrique Bacana, diretor de criação e arte, foi o responsável pela comunicação. O filme estreou na TV Cultura e mostra o artista grafiteiro Kobra criando um mural com o símbolo do canal reinterpretado em sua estética. Também participaram os grafiteiros Os Gêmeos.

Programação
Entre as novidades anunciadas para 2026, Maria destacou a chegada de Rita Lisauskas como apresentadora do Jornal da Cultura. “É o primeiro passo de decisões que serão realizadas ao longo do ano.” Ela também adiantou a produção de um documentário sobre o Roda Viva. “Podemos revisitar o histórico político, social e econômico do país ao debruçar na história do programa.”
Ao tratar dos movimentos ligados à DTV+, Maria reforçou que “a transformação não é apenas tecnológica, mais do que isso, é o conteúdo. De maneira alguma essa mudança poderá ocorrer se não repensarmos o desenho do modelo.” Para isso, apresentou o Núcleo de Inovação, dedicado à atração de jovens talentos.
Em termos de capilaridade, a executiva ressaltou a “cobertura de 77% do Brasil. Chegamos a muitos rincões e nos esquecemos do papel significativo da TV aberta.”
Beth Carmona, vice-presidente da Fundação, concentrou sua fala nas mudanças já implementadas e nas estreias previstas. Segundo ela, a migração do Antimatéria para o horário nobre e o retorno das transmissões ao vivo reposicionaram a relação da emissora com públicos mais jovens. “Trouxemos ele para o horário nobre de segunda a sexta. Isso deu uma vida na televisão, não só externamente, mas também internamente.”
Beth revisitou ainda projetos lançados ao longo de 2025, como a série documental sobre museus paulistas, e antecipou frentes de 2026: a continuidade do Prelúdio, a expansão do Entrelinhas, a circulação do Quintal da Cultura pelo interior e a repaginação de títulos tradicionais. Entre os retornos confirmados estão Vitrine e Bem Brasil, este último em conversas avançadas com o Sesc Itaquera.
Oportunidades Comerciais
Encerrando a apresentação, Bel Borba, diretora das áreas comerciais, de marketing e digital, destacou a oferta integrada de produtos. “Formamos um dos maiores ecossistemas do país. O que nos leva a reputação, porque, invariavelmente, sabemos que o Ibope acaba nos derrubando, mas quando olhamos em um lugar de atenção, não podemos deixar de considerar a reputação que agrega valor à marca. Quando você faz uma parceria conosco, agregamos valor à sua marca. Temos muitas pesquisas de lealdade que mostram isso. Estamos em 23 estados com mais de 60 associados.”
Bel reforçou que o posicionamento ‘Somos Cultura’ é construído de maneira colaborativa com os parceiros e listou o conjunto de possibilidades comerciais. As ofertas incluem patrocínios, apoio cultural e branded content nas frentes de TV, rádio e digital.
No digital, ela citou picos recentes de alcance. “Alguns dos nossos posts têm viralizado em termos de sete, nove, até dez milhões de visualizações”.
No campo de licenciamento e experiências exclusivas, foram destacados os produtos e canais Cultura Mágica, TV Rá-Tim-Bum e o Fast Channel. Bel também detalhou oportunidades de naming rights e ativações de marca por meio do Teatro Franco Zampari, do Solar Fábio Prado e da Brasil Jazz Sinfônica.