Um estudo da Xandr, recentemente divulgado, demonstra que a TV, além de ser vital para a expansão e força das marcas de consumo, é mais e mais essencial para o setor de entretenimento e a própria programação televisiva, hoje ofertada em grande quantidade e através das mais diversas opções de tela, da tradicional TV linear, via broadcasting, a cabo ou por streaming, às opções de vídeo on demand, seja nos próprios aparelhos de TV como nos computadores, tablets e celulares.
Na abertura de seu relatório, a empresa pontua que “os anunciantes e provedores de conteúdo de hoje precisam navegar em um universo de entretenimento em rápida expansão. O número de plataformas e dispositivos está aumentando e novos provedores estão surgindo constantemente.
Como os métodos de visualização continuam a evoluir, a natureza desordenada do entretenimento está apenas se tornando mais evidente. A Xandr é uma organização ligada à AT&T e seu nome homenageia o fundador da corporação, Alexander Graham Bell, inventor e empresário que há quase um século e meio deu início a uma das principais revoluções tecnológicas da história.
O foco da Xandr é prover inteligência a anunciantes e agências a partir de um dos maiores inventários de programação digital, filme e televisão (através da Warner Media) do mundo. Como afirmam, “através de nossos ativos combinados, incluindo insights de dados, conteúdo premium, tecnologia avançada e distribuição direta ao consumidor oferecemos uma relevante vantagem competitiva – ajudando a melhorar a publicidade de marcas e editores, em favor dos consumidores”. Esse estudo analisou o disputadíssimo mercado americano de programação em vídeo, através de uma pesquisa primária com diários junto a um painel de dois mil consumidores.
A análise observa que “contrariando as previsões de que a indústria de TV americana de US$ 70 bilhões estaria se fragmentando, com mais dólares se movendo para os canais digitais à medida que os consumidores cortam sua conexões ao cabo, nossas descobertas mostram que a TV nunca perdeu seu brilho. Na verdade, o consumo de TV está crescendo – é apenas uma questão de como e quando os espectadores escolhem assistir. Cerca de dois terços dos adultos consomem mais de dez horas de conteúdo em vídeo por semana, não apenas por meio de serviços de streaming sob demanda, mas também de TV linear. E dessas dez horas de conteúdo, assistem em média a cinco gêneros e oito shows por semana”.
A disputa pela atenção e preferência do consumidor, portanto, é imensa e além de um bom produto, sua divulgação e promoção é essencial, exatamente como acontece com as marcas de produtos e serviços de consumo. Não por acaso, portanto, o negócio de entretenimento e o mundo digital investem cada vez mais em anúncios de TV. Os números indicam que 80% dos entrevistados disseram que assistir a um comercial de TV os torna mais propensos a assistir a um programa, enquanto 70% disseram que ver essa mensagem os inspira a pesquisar mais sobre ele. É a comprovação de um fenômeno que ocorre há mais de 60 anos, quando a TV passou a ser a principal mídia publicitária no maior e mais competitivo mercado do mundo.
A pesquisa confirmou o crescimento do consumo do conteúdo apenas através da via digital, que agora é de 25%, contra 10% que só assistem pelo método tradicional. Mas 65% das pessoas consomem conteúdo em vídeo pelas duas vias. Em resumo, os consumidores têm diversas opções para investir seu tempo e atenção. A publicidade na TV ajuda a oferta de programação disponível a se destacar na mente dos espectadores e dá a eles a confiança de que um programa é digno do investimento de seu tempo.
Rafael Sampaio é consultor em propaganda (rafael.sampaio@uol.com.br)