A TV americana – mais precisamente a NBC – espera ter uma audiência histórica no próximo domingo (1º), quando acontece a final do Super Bowl, envolvendo o atual , que irão se enfrentar em Phoenix, no Arizona. A expectativa é baseada na final da NCAA (o futebol americano universitário), no último dia 12 de janeiro, vista por mais de 33 milhões de pessoas – recorde na TV paga dos Estados Unidos. Foi também o recorde da ESPN americana em uma transmissão fora da Copa do Mundo. No Brasil, quem transmite a final da NFL é justamente a ESPN, que viu sua audiência crescer 800% por aqui nos últimos três anos. Tanto em 2013 quanto em 2014 o evento foi líder de audiência no horário de transmissão.
Na NBC, as vendas de espaço para os breaks mais caros da TV americana estão mais lentas do que no ano passado, segundo revelou a emissora, mas há pelo menos 12 novos anunciantes este ano, especialmente dos segmentos de e-commerce e tecnologia. Tradicionais anunciantes, Coca-Cola e GoDaddy veiculam, este ano, apenas um comercial cada, no lugar dos dois veiculados no ano passado. Entre as montadoras, em menor volume este ano, a Volkswagen decidiu ficar de fora. Doritos, marca da Frito-Lay (PepsiCo) realiza pelo nono ano seu concurso Cash the Super Bowl, que escolhe o comercial do Super Bowl entre filmes enviados por consumidores.
Entre as novidades, a NBC decidiu exibir o jogo via streaming gratuitamente na internet – em computadores e tablets – como uma estratégia para atrair assinantes, especialmente jovens, que podem se interessar pelos seus conteúdos exclusivos online no lugar de adquirir os mais onerosos pacotes de TV por assinatura. Esse tipo de streaming online, em geral, exige que o espectador seja assinante da emissora. A NBC exibirá um total de 11 horas de conteúdo gratuito a partir do meio-dia do domingo. A Verizon Communications detém os direitos do streaming em mobile, que será oferecido por meio do aplicativo NFL Mobile apenas para assinantes de seu plano “More everything”.
Em 2012, a NBC foi a primeira emissora a oferecer o live streaming, quando teve uma média de 346 mil espectadores. Há dois anos a CBS também ofereceu, e no ano passado foi a vez da Fox, que teve 528 mil espectadores, segundo dados chancelados pela Adobe Analytics. Por sinal, a NBS escolheu para exibir no pós-jogo a primeira parte de um episódio da série “The Blacklist”, que será dividido em dois, para atrair a audiência para o seu novo horários às quintas-feiras.
No Brasil, a ESPN também exibirá o jogo em 50 salas de cinemas da rede Cinemark, via acordo firmado entre as duas empresas e a Cinelive, por intermédio da Flix Media. A transmissão será a partir das 19h. Em agosto de 2014, a emissora anunciou a ampliação dos direitos de transmissão da NFL no Brasil, com exclusividade na TV fechada, até a temporada de 2016. O acordo inclui dispositivos móveis no WatchESPN – plataforma de vídeos e programas ao vivo e on demand. As marcas anunciantes da National Football League na ESPN são Applebee’s, Conti Bier, Unilever/Axe, P&G/Head&Shoulders, Mitsubishi, Novartis e Diageo.
Redes sociais
Atrás de um naco dos cerca de US$ 400 milhões investidos em publicidade no Super Bowl, o Facebook está criando sua própria estratégia, oferecendo uma audiência baseada mais em dados de conversação que em “likes”, acompanhando atualizações e comentários sobre o game. Quem falar do tema entra em um pool de audiência junto com os 50 milhões de pessoas que interagiram com o jogo no ano passado. Assim, pretende atrair anunciantes, não oferecendo apenas a audiência de fãs de futebol, mas a do Super Bowl, que é bem diversificada e inclui inclusive pessoas que gostam apenas de ver os comerciais exibidos nos breaks.
O YouTube, por sua vez, oferecerá um programa para o intervalo do jogo, estrelado por Harley Morenstein, do EpicMealTime, com performances musicais, pratos de gastronomia, e exibição de filmes falsos do Super Bowl. Uma espécie de “contra-programação” do material oficial exibido na TV, desenhada para atrair espectadores que prestam mais atenção na publicidade dos intervalos do que nos jogos. Será exibido ao vivo e a ideia é promover suas próprias celebridades – algumas delas com canais que possuem 7,4 milhões de assinantes – para concorrer com o show oficial exibido pela NBS, que este ano une Katy Perry e Lenny Kravitz. O YouTube produzirá o programa com o Collective Digital Studio, uma rede online de vídeos de Los Angeles. Também foi criado o canal especial AdBlitz, no qual as pessoas podem votar em seus comerciais favoritos da final. No ano passado, a audiência passou 6,3 milhões de horas assistindo aos anúncios do Super Bowl.
Por enquanto, os anunciantes confirmados no Super Bowl 2015, e as respectivas agências (quando divulgadas), são Avocados from Mexico; Anheuser-Busch InBev (Bud Light/BBDO e Budweiser); BMW; Carnival Corp.; Coca-Cola; Doritos; Dove Men+Care; GoDaddy; Kia; Toyota Lexus; Loctite; McDonald’s; Mercedes-Benz; Mophie (Deutsch); Nationwide; Nissan; Pepsi; Skittles; Snickers; Squarespace; Toyota, TurboTax e Wix.com.