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Uber decidiu demitir um terço dos funcionários de seu setor de marketing, o que corresponde a cerca de 400 pessoas das 1.200 que trabalham na área. A decisão impacta, inclusive, a operação no mercado brasileiro, onde a empresa atua há cinco anos.

Segundo o iraniano Dara Khosrowshahi, CEO global da empresa, “muitos de nossos times são muito grandes, o que cria sobreposição de funções e tira a clareza de quem toma a decisão, o que pode levar a resultados medíocres”. A informação consta de texto para os funcionários, reportado pela Bloomberg, segundo o AdAge.

O setor de marketing, que é parte de uma empresa que tem 25 mil funcionários globalmente, perdeu a CMO Rebecca Messina no mês passado, após apenas nove meses na função. A área está sendo conduzida desde então pela líder de comunicação e porta-voz Jill Hazelbaker.

Por trás dos cortes no marketing, existe um contexto ancorado nos resultados financeiros da empresa. Segundo a Bloomberg, Khosrowshahi afirmou a seus funcionários que há um senso geral de que, embora Uber não pare de crescer, sua operação está desacelerando. A empresa abriu seu capital em maio e seus papeis valem menos do que no dia do IPO (oferta pública inicial de ações), muito por conta dos anos de prejuízo que ainda não foram revertidos.

Os resultados financeiros contrastam com os números de usuários e motoristas cadastrados por Uber. No Brasil, onde atua desde 2014 e tem presença em mais de 100 cidades, a empresa tem 22 milhões de usuários ativos em sua plataforma, além de 600 mil motoristas cadastrados. Segundo a empresa, já foram realizadas 2,6 bilhões de viagens no país, com 17 bilhões de quilômetros percorridos por aqui desde 2014.