Leandro Teixeira, Sami Arap Sobrinho e Aline Okada: objetivo é formar atletas

 

Esporte incluído no quadro dos Jogos Olímpicos a partir de 2016, o rugby tem mais dois patrocinadores para se desenvolver no Brasil. As marcas Dove Men+Care e Kibon, ambas da Unilever, anunciaram um aporte à CBRu (Confederação Brasileira de Rugby), voltado especialmente para a criação e manutenção de “academias” da modalidade, centros de treinamento visando o alto rendimento desde as categorias de base e objetivos a longo prazo.

No primeiro dos três anos de parceria, que tem investimento total de R$ 1,85 milhão, o foco será nas academias já existentes em São Paulo e São José dos Campos (SP), cidades já com maior volume de atletas e demanda pela modalidade. Serão captados potenciais talentos de 15 anos a 19 anos, tanto para o Rugby XV quanto para o Rugby Sevens. Atualmente, o Estado de São Paulo concentra 50% dos atletas do País. Em contrapartida, a Dove Men+Care e a Kibon ganham o direito de se dizerem patrocinadores da CBRu, bem como usarem a imagem de atletas consagrados do esporte para campanhas e ativações e terem exposição de marca em placas de publicidade em treinos e jogos, nos uniformes e em outras propriedades nas academias.

Para Aline Okada, gerente de marketing da Dove Men+Care, o apoio ao rugby brasileiro faz todo o sentido para a marca, que já é patrocinadora das federações de Inglaterra, País de Gales, Escócia e Irlanda, potências na modalidade. “Dentro do nosso pilar de sustentabilidade estão saúde, condições de vida e bem-estar, pontos diretamente relacionados com o esporte. A marca, bem como o rugby, está em crescimento no país e quer se estabelecer e desenvolver o esporte junto”, contou Aline, que também comentou do alinhamento da modalidade com a marca. “E Dove Men+Care tem muitos atributos em comum com o rugby, como a força e o cuidado, o respeito”, comentou. Leandro Teixeira, gerente de marketing da Kibon, completou dizendo que a missão de sua marca é “levar felicidade”, e o esporte entra justamente nesta seara.

De acordo com dirigentes da confederação, a demanda por melhores categorias de base é latente no rugby nacional, que começa a preparar seus atletas de forma tardia. Entretanto, apesar do contrato inicialmente por três temporadas, o objetivo é o longo prazo. “É irresponsável falar em curto ou médio prazo, de pensar só em 2016. Penso nos Jogos Olímpicos do Rio apenas como um obstáculo. Nessa parceria vamos trabalhar pensando na geração das Olimpíadas de 2020 e 2024 e dos Mundiais de 2019 e 2023. E a Unilever dá o combustível para atingir essas metas”, afirmou Sami Arap Sobrinho, presidente da CBRu.

A intenção da entidade é espalhar mais academias por todo o Brasil, sempre analisando se há demanda suficiente para tal. Inicialmente, serão 70 atletas nos dois centros, com o objetivo de chegar a 150 atletas apenas nestas duas sedes.