Quatro em cada dez universitários afirmam gostar de experimentar marcas novas o tempo todo. Além disso, três em cada quatro dizem que, quando encontram marcas em que confiam, permanecem fiéis a elas. 60%, por sua vez, preferem marcas e empresas que tenham valores parecidos com os seus. Esses dados fazem parte do estudo “Hábitos, comportamento e opinião dos universitários brasileiros”, desenvolvida pelo Instituto Locomotiva em parceria com a Brodda, dando origem ao Observatório do Estudante.
No total, 8,1 milhões de brasileiros são estudantes. A relação desses estudantes com as marcas foi investigado ao analisar os hábitos de consumo desse público, que identifica as mulheres como a maioria no ensino superior e a região Sudeste como a que concentra o maior número de universitários, seguido por Nordeste, Sul, Centro-Oeste e Norte. Essa geração está formando suas percepções sobre as marcas e, para conquistá-la, é preciso conhecê-la o quanto antes.
Ainda sobre a sua relação com as marcas, quase metade dos universitários se deram notas de 7 a 10 em relação ao quanto se consideram consumistas. De acordo com as respostas, dois em cada três estudam sentem prazer em fazer compras e um em cada três costumam perder o controle e gastar além do que deveria.
Para a decisão de compra, o preço faz diferença. Os universitários procuram os menores valores e 58% pesquisam preços antes de comprar um produto ou serviço. 31% pedem descontos ou pechincham. Ainda assim, dois em cada três dizem que a qualidade é mais importante do que o preço no momento da compra.
Para os próximos 12 meses, a maioria afirma ter a intenção de comprar alguns produtos, enquanto um em cada dez afirma com certeza que irá comprar um smartphone, notebook ou TV. No consumo de serviços, cursos e academia de ginástica estão entre as maiores intenções dos jovens.
Para 64% dos entrevistados, a importância da marca de um produto no processo de decisão de compra ganhou nota acima de 7. 40%, por sua vez, afirmam gostar de experimentar marcas novas o tempo todo.
Brasil
De acordo com a pesquisa, 87% acham que o Brasil está no rumo errado ou totalmente errado, enquanto 90% acreditam que a crise econômica está longe de acabar. Para 45%, a corrupção é o principal problema que o país enfrenta hoje. Por isso, um em cada três universitários acredita que o Brasil ainda vai piorar, pelo menos um pouco, nos próximos dois anos, contra 26% que são mais otimistas e acham que vai melhorar. Em relação à política, os universitários não se sentem representados pelos políticos.
O comportamento desses jovens também é retratado no estudo. A maioria deles crê que um relacionamento aberto possa dar certo e defende que os homossexuais tenham os mesmos direitos que casais heteros.
“O Brasil concentra hoje 8 milhões de universitários e saber o que eles pensam e o que querem ajuda a entender a ótica das empresas e como a própria sociedade deve interagir com eles”, destaca Meirelles.