Magnani: mercado tem grande potencial de crescimentoO mercado de cartões de débito no Brasil deve atingir R$ 493 bilhões até 2016, o que significa dobrar de tamanho. Este é um dos dados do estudo “Cartão de débito no Brasil” realizado pela MasterCard Advisors, empresa de consultoria do grupo MasterCard Worldwide. Segundo Alexandre Magnani, vice-presidente de desenvolvimento de novos negócios da MasterCard Brasil e Cone Sul, o objetivo da pesquisa foi analisar o nível de conhecimento do consumidor sobre o cartão de débito, além de identificar possíveis barreiras para seu crescimento.

Entre outros pontos, o estudo identificou que o cartão de débito foi o meio de pagamento que mais avançou entre 2006 e 2011, com um aumento de 25% ao ano, acima do consumo privado no Brasil — que cresceu 12% no mesmo período. Por outro lado, o estudo apontou que, do total de transações com o plástico no país, apenas 18% acontecem nos estabelecimentos comerciais, enquanto 82% das transações ainda são realizadas para saques em papel moeda.

Segundo o executivo, números bem diferentes dos encontrados  em outros países. “Para se ter uma ideia, nos EUA, por exemplo, onde esse mercado é mais maduro, o número de transações com débito nos estabelecimentos é de 73%”. Por conta disso, Magnani ressaltou que ainda há muita oportunidade de crescimento, mas existem algumas barreiras que precisam ser ultrapassadas. Segundo o estudo, fatores como a facilidade de controle dos gastos, o fato de ser aceito em qualquer lugar e o hábito fazem com que a maioria das pessoas ainda optem pelo dinheiro.

O cartão de débito continua sendo o segundo na preferência do consumidor, mas a diferença para o dinheiro, está diminuindo. A pesquisa mostrou que, de  2005 a 2012, a preferência pelo débito foi de 26% para 34% entre os consumidores. Nesse mesmo período, a opção pelo dinheiro caiu de 60% para 48%. Ainda de acordo com a análise, o principal benefício apontado pelos consumidores de cartão de débito foi a segurança, citada por 67% dos entrevistados. Depois, aparecem facilidade de uso, com 37%, e o controle, com 31%. Para  o executivo, esses números já são resultado do trabalho da indústria em educar o consumidor e investir em tecnologia no segmento de cartões.

Já as oportunidades vistas como atrativas para maior utilização do cartão são as promoções, prêmios e sorteios, apontadas por 36% dos entrevistados, e os programas de milhagens, por 18%. Segundo o executivo, por conta disso, a MasterCard desenvolve, desde 2010, uma campanha de incentivo ao uso do débito em substituição ao dinheiro. Este ano, foi lançada a “Promoção MasterCard: Viver o Brasil não tem preço”, que foi ampliada para cartões de crédito e empresarial, e sorteará viagens, prêmios no valor de R$ 100 mil, além de sorteios semanais de cartões pré-pagos no valor de R$ 5 mil cada.

Magnani disse que não tem como mensurar a importância dessas ações no crescimento do uso dos cartões de débito da MasterCard. Segundo ele, como é lançada no final do ano, período em que acontece um crescimento sazonal, impulsionado por diversos fatores, não tem como avaliar individualmente, mas com certeza, alavanca o uso, de uma forma geral.