Sergio Salles, Douglas Costa e Alberto Lopes: produtora global com atuação em todos os mercados

 

A Vetor Zero anunciou a criação de um braço internacional, a VZI. A nova divisão será responsável por representar diretores estrangeiros em produções locais, sejam elas provenientes de agências e anunciantes do exterior ou não.

A iniciativa surge por meio de uma parceria com o produtor-executivo Douglas Costa, ex-Partizan Paris e Movie&Art, que se associa a Sergio Salles e Alberto Lopes, da Vetor Zero, na divisão. De acordo com os sócios, a principal mudança é de posicionamento global. “Estamos nos posicionando como uma produtora brasileira para o mercado internacional. Em vez de representarmos uma produtora estrangeira e ficarmos só com o mercado brasileiro, estamos pegando o mercado todo. E o serviço de qualidade internacional que a Vetor Zero entrega foi o estopim da nossa conversa”, diz Douglas Costa.

A questão de ter uma marca e gestão própria é muito forte dentro da VZI, que terá inicialmente seis pessoas exclusivas de atendimento, além de aproveitar toda a estrutura da Vetor Zero. “Queremos fazer o papel de uma produtora global e atuar em todos os mercados. A proposta da VZI é de fazer uma seleção de diretores estrangeiros para serem representados por nós e de executar projetos estrangeiros aqui no Brasil”, comenta Sergio Salles, que reforça a marca própria e acrescenta que a companhia pode participar de todo o processo, e não apenas dos serviços básicos de produção, tradicionalmente solicitados por empresas estrangeiras no Brasil.

Com isso, Douglas Costa tem como função fundamental ser ferramenta de adaptação de todos esses trabalhos. Dada a sua experiência internacional, o produtor-executivo acredita que sua flexibilidade é fundamental. “Meu maior papel é o de intermediador. Os mercados e processos são totalmente diferentes em cada mercado, e por ter trabalhado em vários lugares eu acabo conseguindo juntar tudo.”

Salles acrescenta que a expansão não demandou um esforço financeiro gigantesco, mas disse que o valor é inquantificável por se misturar a outras ações da Vetor Zero. “Já temos a confiança do mercado nacional, agora criamos um facilitador para que trabalhem com diretores estrangeiros de primeira linha”, conta. Outra questão que abrange o envolvimento em produções estrangeiras é a legislação brasileira, que prevê que apenas empresas com mais de cinco anos no mercado e 240 claquetes possam operar com esta demanda.

O primeiro trabalho da VZI, ainda sob o label da Vetor Zero, foi a campanha “Sua arena LG”, estrelada por Seu Jorge e com direção de Spike Lee. O próprio diretor afirmou que o trabalho brasileiro está em paridade com os de outros países. “Não há nenhuma diferença em se trabalhar com profissionais brasileiros ou de qualquer outro país. A linguagem não foi uma barreira de maneira nenhuma e os brasileiros têm muita energia e paixão, o que faz a diferença”, diz o diretor, que deve voltar a pisar em solo nacional para terminar seu documentário ainda neste semestre e é um dos nomes representados pela VZI no país.

Além de Spike Lee, a VZI começa suas operações com outros profissionais em sua carteira. São eles, os franceses Reynald Gresset, Martin Fougerol, Jean-Claude Thibaut, Aurelien Delpoux, e o coletivo argentino Cinco.