Os aplicativos de mensagem instantânea já permitem a criação de grupos particulares para conversas com mais de uma pessoa. Nenhum deles, porém, permite que usuários desconhecidos possam se conectar para falar de um mesmo assunto. O Viber anunciou nesta terça-feira (26) uma ferramenta que atuará como ponte entre o público e o conteúdo de comum interesse – os “grupos abertos”, ou “public chats”, nas versões em inglês.
A ferramenta será globalmente lançada no início de setembro e foi pensada como uma solução para usuários, que podem debater com outras pessoas que se interessem pelos mesmos assuntos, e para marcas, que podem reunir fãs e consumidores em um único canal e conversar com eles.
“O usuário estará participando de um diálogo. É um caminho mais humano. Há uma conversa sobre um assunto com pessoas que fazem a coisa acontecer”, diz Luiz Felipe Barros, country manager do Viber no Brasil. “Não é um feed. Trouxemos a dinâmica dos grupos para um formato em que as produtoras de conteúdo podem participar”, completa o executivo.
Os grupos públicos podem ser criados tanto por usuários quanto por marcas. A partir de sua criação, os usuários podem selecionar os grupos que querem seguir – seja de uma marca, de um clube de futebol ou de um tema como cinema. Os administradores dos grupos podem selecionar quem tem propriedade para comentar e enviar fotos, links e outros arquivos e quem apenas observa as postagens. Também será possível divulgar o sistema por meio de botões, banners e outros formatos para web ou mobile, já que o Viber tem versões para ambas as plataformas.
É um sistema híbrido de comunidade com bate-papo que, segundo Barros, fez o Viber passar de “app de mensagens para plataforma social” e aproxima do público as marcas que quiserem utilizá-lo para conversar com seu target. “Fizemos questão de desenvolver uma ferramenta em que o canal é da marca. Ela vai poder criar o tipo de conteúdo que ela quiser ali dentro. Ela pode convidar parceiros, falar corporativamente, chamar o time de executivos para falar e até fazer anúncios. Cada um tem o seu canal e a qualidade do seu canal vai dizer se você tem muitos seguidores ou não”, explica Barros, ressaltando que o Viber não permite a veiculação de anúncios pagos ou vende mídia. “A presença das marcas se dá na forma de produção de conteúdo e relevância para o público. Essa é uma ferramenta que temos certeza que não é invasiva. Quem tiver interesse vai usá-la e quem não tiver continua usando o Viber como antes”, completa.
A expectativa do Viber é que os grupos públicos gerem engajamento das marcas com seus 17 milhões de usuários no Brasil – no começo do ano, eram 9 milhões. Como o lançamento é mundial, a empresa está apostando na força de sua base de usuários – 400 milhões em todo o mundo, conquistados em apenas 3 anos e meio de operação.
Parceiros
A ferramenta estreia com alguns parceiros oficiais, entre eles canais (A&E, History e Esporte Interativo), emissoras de rádio (Coca-Cola FM e Mix FM), portais (Omelete e Não Salvo) e grupos educacionais (Unip, Estácio e Objetivo), entre outros. O foco é o público jovem, o principal usuário do Viber, mas a empresa está aberta a novas parcerias, segundo Barros.
“Para esse lançamento fechado para parceiros abordamos algumas marcas que tínhamos como referência na produção de conteúdo. Esse foi o critério para escolhermos os parceiros. Mas o mercado se fala, a notícia foi circulando e fomos abordados por muitas marcas. Algumas delas estão aqui como parceiros e com outras ainda estamos negociando. Estamos evoluindo bem, mas o sistema é aberto para qualquer marca nos procurar, não só agora como também no futuro”, finaliza o executivo.
Entre os benefícios da ferramenta citados tanto pelo Viber quanto por representantes das marcas parceiras estão a exploração da experiência da segunda tela com social TV, viralização e segmentação de conteúdo, real time marketing e humanização da marca, uma vez que há pessoas ligadas ao anunciante gerando conteúdo e diálogo com os seguidores.