Somente durante a Copa do Mundo 2014, o consumo de vídeo vai gerar um tráfego de internet equivalente a quase todo o tráfego na Austrália em 2013, aponta um novo relatório da Cisco.

O documento, que diz que os vídeos devem chegar a 84% do tráfego na internet nos Estados Unidos ante 78% atualmente, levanta questões sobre quais devem ser as prioridades das provedoras de serviço de conexão quanto ao tráfego.

“No futuro, a cada mês vai parecer que há uma Copa, pois o consumo não para de crescer”, disse Robert Pepper, vice-presidente política de tecnologia global da Cisco. A empresa analisa o uso e a velocidade de dispositivos, conexões e dados para realizar uma projeção anual do crescimento do tráfego na Internet.

O relatório, divulgado na terça-feira (11), levanta questões importantes sobre a legislação do tráfego na internet, assunto que tem sido debatido pela Comissão Federal de Comunicações (FCC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos. No Brasil, o tema foi abordado pelo Marco Civil da internet, que garante a neutralidade da rede, proibindo os provedores de exercer qualquer tipo de controle sobre o tráfego de dados.

Ainda segundo o relatório, nem todo o tráfego da internet será igual. Dispositivos médicos conectados via internet, por exemplo, terão um perfil de dados diferente da transmissão de vídeo, mas uma maior urgência de velocidade.

 

O documento também prevê que, até 2018, as máquinas conectadas à internet vão ultrapassar as televisões como os dispositivos conectados com crescimento mais rápido, correspondendo a mais de 46% do tráfego de dados, ante atuais 25%.