Estamos em um fim de semana de eleições municipais (1º turno), o que sempre faz do Brasil um Carnaval fora de hora, em especial neste ano de pandemia, com centenas de milhares de vítimas fatais ou guardando leitos em hospitais espalhados por todo o país, muitos destes sem condições de atender com presteza à nova doença.

Cabe-nos, neste momento, torcermos muito para que a tal de segunda onda não nos atinja, o que seria ainda pior em comparação com a que vimos até aqui em todos os cantos do país.

Neste particular, cabe-nos ressaltar, sendo este periódico voltado para os assuntos pertinentes ao marketing e às suas subfunções, a principal delas a publicidade, a importância da colaboração que esta tem dado ao país, esclarecendo a população sobre como minimizar a possibilidade latente no ar da contaminação pelo vírus, que pode ser fatal, ou no mínimo impor um doloroso sofrimento às suas vítimas que conseguem sobreviver.

Não falamos aqui das campanhas de governo, específicas de combate à pandemia, mas da publicidade de anunciantes da iniciativa privada, que a par de venderem seus produtos e serviços têm procurado encaixar nas campanhas e peças isoladas mensagens sobre a trágica doença, procurando ajudar principalmente na freada da sua disseminação.

Este é apenas um dos valores do produto final da atividade publicitária, que tem no Brasil um dos seus maiores praticantes nesse aspecto solidário.

Aqui cabe-nos uma observação: em momentos difíceis como este, nota-se como a iniciativa privada tem consciência das suas obrigações extraprofissionais, superando em algumas atitudes até mesmo o próprio governo, que nem sempre se une em torno de causas como essa, aproveitando, ao contrário, brechas para combater o adversário político, o que parece em um primeiro momento algo quase impossível de ocorrer, mas infelizmente ocorre até com mais frequência do que sabemos e ou imaginamos.

Tem sido então a propaganda uma das grandes fontes particulares de apoio à população, em um momento dramático como o que ainda vivemos. Este é apenas um dos lados de solidariedade humana praticados pelos seus responsáveis e aqui se incluem todos os players que fazem da nossa comunicação do marketing uma das mais competentes do planeta.

Junte-se a esse esforço hercúleo da publicidade e seus profissionais e dirigentes publicitários, os meios que a divulgam, procurando fazer com que nossas horas de lazer, geralmente à noite, sejam acalmadas por programações mais condizentes com o momento do que se via em um passado recente.

O investimento dos meios, principalmente os televisivos, tem sido de grande valia para entreter uma população extremamente preocupada com a pandemia. Ideias como jogos de futebol sem público nos estádios, o que parece quase impossível de sequer acontecer, estão vitoriosas, perante o público torcedor, aplaudindo seus craques, sob sons “fabricados” pelos recursos eletrônicos de hoje, dando uma quase veracidade ao que o telespectador assiste, inclusive com a impressão de torcedores lotando o estádio, outra ficção inventada para manter o esporte-rei em alta diante das suas respectivas assistências, junto com a presença dos anunciantes.

Com isso, vamos minorando o nosso sofrimento, apesar, repetimos, das centenas de mortes de brasileiros vítimas da tragédia da pandemia, sofrimento esse que seria pior se não tivéssemos em ação as cabeças altamente pensantes dos nossos publicitários e dos profissionais dos meios, cujos alguns garantem: “Tirando o perigo à saúde e à própria vida, representados pela Covid-19, os sobreviventes que ficaram contaminados, mas se safaram, e os que escaparam completamente do vírus sentirão saudades, lá na frente, não da terrível pandemia, mas dos momentos belos apresentados pelos meios aqui no Brasil, distraindo e até esclarecendo a população doente ou felizmente sã pela programação de recordações e também futurista que lhes foram oferecidas, marcando um ano que, de uma forma ou de outra, jamais será esquecido”.


Uma das mais importantes questões do nosso país, a valorização da raça negra, tem merecido toda a atenção dos meios, com destaque para os visuais, durante a pandemia, o que só merece elogios do público em geral, aumentando de forma acentuada o valor da igualdade de raças.

O que os governos não conseguiram desmistificar em 520 anos desde o descobrimento, uma das muitas ações coletivas que os meios de comunicação, aliados, como já dissemos, ao mundo publicitário (anunciantes, agências, produtoras etc.), estão produzindo rapidamente e talvez venham a ser o grande saldo positivo dessa pandemia. Não o queríamos dessa forma, mas, na falta de outro jeito, esse torna-se grandioso e inesquecível.


Um detalhe a mais nessa história onde não ocorreu apenas o pior: no ambiente publicitário brasileiro, há uma premiação que se destaca há mais de meio século que criou regionais para poder atender a todo o país: o Colunistas.

A premiação está bombando nestes últimos dias do ano, sabendo os seus responsáveis que os respectivos júris iniciarão seus trabalhos de julgamento já a partir dos próximos dias. Apesar de toda premiação publicitária se achar a máxima, a verdade é que o Colunistas, pela antiguidade, pela seriedade e pela competência dos seus jurados, é o mais valorizado pela maioria do mercado publicitário brasileiro.


Dentro de três meses e pouco, um dos jornais mais respeitados do país, até pelas suas importantes controvérsias, completará 100 anos de vida: Folha de S.Paulo. A data do aniversário: 19/02/21. Este editorial do PROPMARK e o seu editor se antecipam, felicitando o importante jornal por uma marca dificilmente atingida não apenas pelos seus concorrentes, mas também por qualquer outro empreendimento em nosso país.


A propósito, em datas importantes, não podemos esquecer – ninguém neste país – que no próximo dia 20 é comemorado o Dia da Consciência Negra. Importantíssima para o nosso conceito de brasilidade.


Nesta edição do PROPMARK, uma matéria mostrando o que as agências estão fazendo em termos de inclusão racial nos seus quadros, levando em conta que, como já lembramos acima, dia 20 será comemorado o Dia da Consciência Negra.