Com mais de 10 milhões de seguidores no TikTok, o ator já tem em seu portfólio campanhas para Coca-Cola, McDonald's, Pluto TV, Bis, entre outras

Comédia e família. É assim que Vittor Fernando se define como marca. Atualmente, com mais de 10 milhões de seguidores no TikTok, Fernando se tornou um dos nomes brasileiros mais conhecidos na plataforma e tem em seu portfólio campanhas para Coca-Cola, McDonald's, Pluto TV, Bis, entre outras.

Com dois anos se aventurando na produção de conteúdo, o ator agenciado pela Play9 foi convidado para produzir um curta para concorrer a um Leão do Festival de Cannes, no primeiro ano da categoria #TikTokShortFilm.

@vittorfernando

VIRAL #TikTokShortFilm

♬ som original - Vittor Fernando

Os participantes foram avaliados por um júri especializado em três categorias, Grand Pix, Melhor Roteiro e Melhor Edição. Além da viagem, os vencedores também ganhariam um prêmio em dinheiro.

"O TikTok entrou em contato comigo, perguntando se eu gostaria de participar e eu fiquei super feliz. Eu amo criar e qualquer desafio que aparece, eu me deleito", afirmou Fernando.

O prêmio de Melhor Roteiro foi dado para a criadora Claudia Cochet, da França, com o curta "Princesa Moderna" e o de Melhor Edição para Tim Hamilton, da Nova Zelândia, com "Zero Gravidade". Já o Grand Pix ficou dividido entre dois ganhadores: Matej Rimanic, da Eslovênia, com "Amor à vista" e Mabuta Motoki, do Japão, com "É ok cortar árvores?".

Ao PROPMARK, Vittor Fernando conta como sua carreira de influenciador começou e como ele lida com o "mundo da publicidade".

Você se tornou um sucesso do TikTok. Como e por que você decidiu entrar e produzir conteúdo na plataforma?
Eu comecei a gravar pro TikTok na pandemia, a plataforma ainda estava crescendo no Brasil, foi um pouquinho antes de estourar mesmo. Eu sempre fui ator, sempre trabalhei com arte e vi uma forma de criar na internet, mas confesso que não tinha o intuito de alcançar tanta gente, eu nem entendia como funcionada. Foi acontecendo. Eu decidi entrar na plataforma para me distrair, brincar e só depois eu comecei a entender como profissão e comecei a trabalhar mesmo com isso.

Você esperava que seus vídeos tomassem as proporções que tomaram?
Nunca que eu imaginei que os meus vídeos teriam essa proporção. Foi engraçado quando começou a acontecer porque eu entrei na plataforma para me distrair na pandemia, para consumir. Quando começou a viralizar, eu não entendia o que estava acontecendo.

Você produziu um vídeo para concorrer a Cannes. Como surgiu o convite e a ideia do vídeo?
O TikTok entrou em contato comigo perguntando se eu gostaria de participar e eu fiquei super feliz. Quis fazer uma coisa diferente, convidei um monte de amigo artista e produzimos o curta com uma crítica, mas com comédia. Foi super divertido e corrido de fazer, porque a gente tinha um prazo curto, mas foi muito legal. Eu amo criar e qualquer desafio que aparece, eu me deleito. A ideia do vídeo surgiu com um amigo meu, depois do convite. Eu tinha uma ideia e a gente parou para conversar e desenvolver.

Como as marcas chegam para você? Elas te procuram direto ou vão pela Play9?
As marcas chegam pelo meu e-mail, em parceria com a Play9. Elas acabam tendo um contato primeiro com a Play9 e depois comigo. Eu gosto de estar inteirado nas marcas que eu vou trabalhar, eu que acabo aprovando no final porque eu gosto de trabalhar com marcas que eu realmente acredito e não só pensando no dinheiro, sabe? Eu trabalho com produtos que eu gosto, que eu acredito porque assim eu sei que vou poder ter uma ideia boa, legal para fazer a publicidade moderna.

Como é a sua forma de fazer as publicidades?
A forma ideal para mim é quando eu consigo fazer uma reunião com o cliente e ele expõe o que ele ta pensando, porque assim a gente consegue conversar. Eu acho que esse é um mercado muito novo, recente né? Essa aposta das marcas na internet sempre existiu, mas agora tem uma grande aposta nos criadores, influenciadores e eles estão entendendo como fazer esse tipo de publicidade na internet de uma forma orgânica. Acontece muito do cliente chegar com uma ideia com cara de televisão, mas que não funciona para a internet. Então, é legal quando a gente consegue conversar com o cliente e transformar essa ideia dele para a nossa linguagem, para o que a gente acredita, porque a gente conhece o público e a internet, então a gente consegue incluir o produto dentro da publicidade de uma forma orgânica.

Você produz tudo sozinho ou conta com a ajuda de alguém?
Hoje, eu tenho a ajuda da Play9. Como tem uma demanda muito grande, eu continuo produzindo os vídeos, trabalho como ator e faço muitas coisas, eu tenho a ajuda deles para as publicidades e desenvolvemos os roteiros juntos. Hoje em dia, eu não faço as publicidades sozinho, mas o meu conteúdo orgânico eu que faço, porque eu gosto de manter da forma que eu comecei. Eu comecei sozinho no quarto, então eu gosto de manter nessa essência.

Já aconteceu de você ter roteirizado uma campanha e o cliente não gostar?
Já sim, acontece com todo mundo. Existem alguns produtos que exigem uma linguagem mais série e forma, como os da indústria farmacêutica. Eu entendo quando tem que ser alguma coisa diferente, mas gosto de sempre dar a pitada do meu conteúdo. Eu acredito que se o cliente me procurou, é pelo o que eu já represento na internet, com as coisas que eu faço. Então eu sempre gosto de colocar a minha linguagem ali. Mas já aconteceu do cliente não gostar de uma coisinha ou outra e a gente ajusta, entende o que ele quer e consegue trazer para a minha linguagem.

Como foi para você entrar nesse mundo da publicidade?
Para mim é uma aventura porque eu enxergo, de fato, como um mundo, o mundo da publicidade. Trabalhar com isso, ainda mais desenvolvendo os roteiros, com os personagens, faz com que eu precise entender como isso vai funcionar, não só no engajamento e no humor, mas também no público entender e prestar atenção no produto, que é o principal. Eu nunca tinha trabalhado com publicidade antes, mas como eu gosto desse lado criativo, hoje eu tenho mais experiência e me divirto.

O que você leva em consideração na hora de começar uma parceria ou fazer uma publicidade com alguma marca/empresa?
O que eu mais levo em consideração é ser uma marca que eu realmente acredito, gosto e que me representa. Isso é o principal. Eu não gosto de fazer nada que eu não acredito, até porque eu não acho justo com as pessoas que vão assistir. Eu gosto de trabalhar com marcas que eu vou ter prazer em estar falando sobre aquele produto.

Tem alguma marca que você sonha em fazer publicidade e ainda não fez?
Olha, eu não sei se tem alguma. Para ser bem sincero, nesse tempo de pandemia as marcas apostaram muito na internet, então eu trabalhei com quase todas as marcas e muitas que eu sempre quis, como Coca-Cola, McDonald's e várias outras enormes, como bancos. Mas acho que, se eu for parar para pensar, eu gostaria de fazer marcas de roupas, eu até já fiz, mas queria fazer mais para as grandes marcas.

Qual seria a melhor definição da marca Vittor Fernando?
Eu defino a marca Vittor Fernando pelos vídeos, pelo conteúdo que eu faço. Então eu acredito que é uma marca de comédia, mas que traz a família, situações cotidianas, de amizade... É uma marca família e engraçada. Eu gosto de falar sobre tudo, não tenho restrições, acho que tudo pode ser dito dependendo da forma e se for para fazer o bem.