Empreender no setor de franquia e definir uma meta esportiva são duas coisas aparentemente muito diferentes, mas, na verdade, há muita sinergia entre elas.

Recentemente, fui convidado por uma rede internacional de franquias para fazer uma palestra justamente com foco nesse paralelo entre o esporte e o mundo das franquias – duas áreas em que atuo há muitos anos.

Quando um atleta toma a decisão de atingir um objetivo no esporte, seja correr uma maratona, concluir o Caminho de Santiago de Compostela ou encarar uma desafiadora prova de triathlon, é preciso traçar uma estratégia e manter a disciplina.

Há uma série de etapas a serem cumpridas que não são a prática do esporte escolhido em si.

É preciso, por exemplo, fortalecer a musculatura para encarar o desafio e isso requer treinos e mais treinos de musculação.

É recomendável consultar nutricionista, para dar outro exemplo, porque uma alimentação alinhada ao objetivo ajudará a alcançar melhores resultados. A diferença está nos detalhes.

Então, veja quantas pessoas apoiam o atleta. Tem o treinador do esporte-fim, o instrutor de musculação, o nutricionista, o massagista, o fisioterapeuta e por aí vai.

No setor de franquias é a mesma coisa. Estamos falando de um modelo de negócio onde não se empreende sozinho. Aliás, é exatamente o contrário.

Ao escolher uma rede de franquia, o futuro franqueado vai contar com todo o suporte do franqueador para administrar seu negócio. Um franqueador experiente, que já testou o que funciona ou não.

Outro pilar importante do setor de franchising são os fornecedores: empresas e profissionais especializados em franquias, com ampla experiência neste nicho, que também já conhecem o que funciona melhor. E, por fim, o franqueado precisa de uma equipe ponta firme.

E, acredite, cada um que está no dia a dia da operação faz muita diferença para o sucesso ou fracasso do negócio.

Assim como em uma equipe de Fórmula 1. Quando um piloto termina uma corrida, o que ele faz assim que sai do carro? Abraça sua equipe.

Quem está assistindo a prova mal vê o rosto do cara que aperta o parafuso do pneu, mas o que essa pessoa faz é fundamental para o desempenho do atleta.

E mais: está nas mãos desse profissional a vida do piloto.

É só pensar o que um parafuso solto em um pneu a 300 quilômetros por hora pode causar.

Você abraça a sua equipe? Não literalmente, tem muita gente que não é de abraço. Mas você elogia quando os resultados estão dentro ou acima do esperado?

Você é próximo de cada funcionário, a ponto de confiar seu negócio a ele?

O piloto confia a vida dele ao time. Algo para se refletir, não?

Denis Santini é CEO da MD/Make a Difference (denis@md.com.br)