A Vogue Brasil de junho chega às bancas na segunda-feira (1), em uma edição colaborativa dedicada à valorização da moda nacional. A publicação traz um debate entre os principais players da cadeia, incluindo agricultores, modelistas, costureiras, camareiras, estilistas, modelos, fotógrafos e maquiadores. “Além das 17 pessoas da capa impressa, contamos com mais 45 nomes como parte dessa conversa em nossas páginas. Ao todo, foram 62 pessoas envolvidas nesse grande diálogo da cadeia de moda nacional”, explica Paula Merlo, diretora de conteúdo da Vogue Brasil.
Inspirada na capa do álbum Paratodos de Chico Buarque, que autorizou a revista a usá-la, a Vogue convidou Gringo Cardia, diretor de arte que assinou o álbum de 1993, para fazer essa nova versão. A publicação também apresenta capas digitais, com imagens que fazem referência ao trabalho dos profissionais de diferentes áreas da cadeia da moda nacional ouvidos na publicação. Dentre eles, o diretor criativo Giovanni Bianco, que traz seu olhar para o momento da moda: “Estamos todos feridos. E eu cuido da moda brasileira como cuido de mim. Quando pudermos voltar à rotina, voltaremos bold”, afirma.
Outros profissionais também trouxeram contribuições e reflexões sobre o papel da moda na sociedade. Entre eles, a modelo Carol Trentini, o fotógrafo Zee Nunes e o beauty artist Daniel Hernandez. “Para reconstruir a moda brasileira é preciso democratizar: ter pessoas de diferentes corpos, raças, tamanhos. Ouvir pessoas ‘reais’ é o melhor caminho para que as marcas furem a bolha e possam explorar um mundo de possibilidades”, destaca a modelo Rita Carreira, capa de uma das versões digitais do título.
Segundo Paula Merlo, mais do que nunca o momento é de colaboração, de escuta, troca e de construir pontes. “Temos orgulho da moda nacional e entendemos a sua força econômica e emocional. Este é um momento delicado para a indústria e, por isso, nesta edição, promovemos a união e abrimos espaço para diálogos, para que várias pontas da cadeia repensassem a moda”.